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Notícias / Astronomia

NASA pretende instalar detector de abalos sísmicos na Lua em 2026

Aproveitando-se da futura missão Artemis 3, a NASA pretende usar aparelho de detecção de abalos sísmicos para estudar estrutura interna da Lua

Éric Moreira Publicado em 20/04/2024, às 09h50 - Atualizado às 11h46

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Fotografia da Lua - Getty Images
Fotografia da Lua - Getty Images

Entre os objetos que a missão espacial Artemis 3 — aquela que marcará o retorno de astronautas à superfície lunar desde a Apollo 17, em 1972 — estará um equipamento construído pelo Centro de Voo Espacial Goddard da Nasa, para detectar abalos sísmicos em nosso satélite natural.

A ideia por trás de enviar um equipamento do tipo, é de auxiliar cientistas nos estudos da estrutura interna da Lua, a fim de compreender ainda mais como se deu sua formação e evolução. As informações foram divulgadas pela NASA na última terça-feira, 16.

Chamado de Estação de Monitoramento do Ambiente Lunar (ou 'Lunar Environment Monitoring Station - LEMS', em inglês), o detector deve ser implantado ao redor do polo sul da Lua pelos astronautas da missão de 2026, para que seja monitorado o movimento do solo durante tremores lunares. O instrumento deve operar por entre três meses e dois anos, e pode servir como um importante passo nos estudos de geofísica lunar global.

Objetivos

Em comunicado, Mehdi Benna, cientista planetário do Centro de Tecnologia de Ciências Espaciais da Universidade de Maryland em Baltimore County (UMBC), explica que começou a conceituar a ideia por trás do medidor de abalos sísmicos lunar ainda em 2018. Ele ressalta a necessidade de uma tecnologia que pudesse não só resistir às inóspitas condições da Lua, como também medir sua atividade geofísica por um longo tempo.

Não temos dados sísmicos do Polo Sul lunar que possam nos informar sobre a estrutura local e global do subsolo lunar", explica também em comunicado a co-investigadora do LEMS e sismóloga da Nasa Goddard, Naoma McCall.

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Então, inicialmente, ele e sua equipe começaram a desenvolver a ideia de uma pequena e autossustentável estação, que poderia sobreviver na superfície lunar durante a noite, e operar normalmente de dia. A LEMS, que será enviada em 2026, caracterizará a estrutura regional da crosta e do manto da Lua, fornecendo informações inéditas e valiosas para compreendermos a formação e evolução de nosso satélite.