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Notícias / Ossada

Ossada encontrada em sambaqui no Rio de Janeiro é analisada por arqueólogos

Terreno está sob análise desde o final do ano passado por estar situado dentro de sítio arqueológico que remonta a cerca de sete mil anos atrás

por Giovanna Gomes

ggomes@caras.com.br

Publicado em 06/05/2024, às 08h33

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Arqueólogos investigam terreno no Rio de Janeiro - Divulgação
Arqueólogos investigam terreno no Rio de Janeiro - Divulgação

Um estudo realizado pela equipe técnica do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no Rio de Janeiro deve determinar em breve se um achado recente no Sambaqui Camboinhas, próximo à Rua Professor Florestan Fernandes, na Região Oceânica, constitui, de fato, uma ossada de sepultamento humano.

De acordo com o portal O Globo, desde o final do ano passado, o terreno está sob análise por estar situado dentro de um sítio arqueológico que remonta a cerca de sete mil anos atrás.

As pesquisas, conduzidas pela empresa A Lasca Arqueologia, de São Paulo, estão sendo realizadas para esclarecer se este é o primeiro indício de um cemitério ancestral na área em questão.

Anderson Marques Garcia, professor do Núcleo de Pesquisas Arqueológicas Indígenas da UERJ, compara a importância do achado ao de um local sagrado para aqueles que ocupavam o território antes mesmo da concepção do Brasil.

Garcia, também envolvido em um projeto de campo com alunos da universidade no Museu de Arqueologia de Itaipu, enfatiza que este indício deveria ser motivo suficiente para impedir qualquer tipo de construção no terreno.

Os mais preservados

A arqueóloga do Museu Nacional, Maria Dulce Barcellos Gaspar, acrescenta que os montículos de terra encontrados na Região Oceânica são os mais preservados do país, sugerindo uma intenção de preservação dos corpos enterrados por meio das conchas encontradas próximas a esses locais.

Ela explica que, devido à alta concentração de cálcio, as conchas auxiliam na conservação do material encontrado ao longo de milênios.

A empresa A Lasca Arqueologia enfatiza que os estudos estão em andamento e que não há conclusões científicas até o momento, ressaltando que todas as evidências de sepultamento estão sujeitas à análise e orientação do Iphan.