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Notícias / Paramixovírus

Paramixovírus: o vírus que tem transformado pombos em zumbis

Uma vez infectadas, aves apresentam comportamento incomum; entenda!

Redação Publicado em 27/10/2022, às 07h15

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Imagem ilustrativa - Imagem de Jay Patel por Pixabay
Imagem ilustrativa - Imagem de Jay Patel por Pixabay

Uma doença viral está transformando pombos em zumbis, no Reino Unido. Uma vez infectadas, as aves manifestam comportamento incomum: andam em círculos, torcem o pescoço e suas asas ficam trêmulas. Eles ficam magros, têm fezes verdes e, muitas vezes, tornam-se incapazes de voar.

Como a doença é fatal dentro de poucos dias, as autoridades de Jersey, onde houve casos, decidiram sacrificar algumas aves infectadas com o paramixovírus. Também conhecida como doença de Newcastle ou como PPMV, ela não afeta seres humanos. Contudo, há relatos de pessoas que desenvolveram conjuntivite após manusear pombos doentes, conforme informações do portal OGlobo.

"Houve um aumento no número de pombos de terra entrando no JSPCA Animals' Shelter nas últimas semanas, muitos dos quais apresentando sinais neurológicos como pescoço torcido, circulando ou incapazes de ficar de pé. Estes são todos sinais de paramixovírus de pombos, uma doença viral invariavelmente fatal que pode afetar pombos, rolas e aves", declarou um porta-voz do JSPCA Animal's Shelter na ilha de Jersey.

De acordo com ele, às vezes, por não conseguirem se equilibrar ou voar bem, os animais transformados em "zumbis" apresentam lesões. O profissional ressaltou que a doença não tem tratamento, "e muitas aves morrem em poucos dias".

Paramixovírus no Brasil

Conforme informou a Agência Fapesp, casos de aves com paramixovírus já foram identificados no Brasil, sendo que, em 2019, pombos foram encontrados mortos em local próximo ao Centro de Controle de Zoonoses da cidade de São Paulo.

“Descobrimos se tratar de um vírus que circulava silenciosamente no Brasil desde 2014. Com base nos dados moleculares, notamos ser o mesmo PPMV que havia sido identificado em Porto Alegre [RS] cinco anos antes. E são cerca de 1.100 quilômetros de distância entre as duas cidades", disse Luciano Matsumiya Thomazelli, pesquisador do Laboratório de Virologia Clínica e Molecular do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP), à Agência Fapesp.