- Divulgação
Primeira Guerra

O que o Brasil fez na Primeira Guerra Mundial?

Há 102 anos, o Brasil declarava guerra às potências centrais. Entenda o que veio depois disso

Rodrigo Cavalcante Publicado em 26/10/2019, às 08h00

Em julho de 1914, quando teve início a chamada Grande Guerra (na época, ninguém imaginava que haveria uma segunda), o Brasil preferiu manter a neutralidade. Com o tempo, o governo brasileiro foi criticado por movimentos como a Liga de Defesa Nacional, criada em 1916 e presidida por Ruy Barbosa, que defendia o engajamento do país no conflito ao lado de Inglaterra, França e Rússia.

Mas, como havia políticos no Congresso simpáticos à Alemanha, ao Império Austro-Húngaro e à Itália, o governo manteve a preferência por permanecer neutro no conflito.

Somente em outubro de 1917, três anos após o início da guerra – e seis meses depois de os Estados Unidos ingressarem nela –, o Brasil declarou guerra à Alemanha. A decisão do governo Venceslau Brás (1914-1918) foi uma resposta ao afundamento de navios mercantes brasileiros por submarinos alemães. Os ataques haviam ocorrido no começo do ano.

Declaração direta

Em abril de 1917, o vapor brasileiro Paraná foi torpedeado. O navio Tijuca foi atacado no mês seguinte. O governo brasileiro rompeu relações diplomáticas com o bloco germânico, confiscando 42 navios alemães que estavam em portos brasileiros.

A declaração direta de guerra, porém, veio só em 26 de outubro, três dias após o ataque ao terceiro barco brasileiro, o cargueiro Macau, pelo submarino alemão U-93 perto da costa da Espanha. Como o navio foi capturado e o comandante feito prisioneiro, uma imensa pressão popular obrigou o governo a tornar o Brasil o único país da América Latina a declarar guerra à aliança germânica.

Na prática, a participação do país se deu com o envio de médicos e aviadores à Europa e com a cooperação com os ingleses na patrulha do Atlântico Sul. O principal ataque que o Brasil sofreu na guerra, contudo, não veio do front inimigo.

Antes de chegar à Europa, no Atlântico, a gripe espanhola dizimou boa parte da tripulação dos navios enviados para lá: 176 pessoas foram mortas com o vírus – e nenhuma morreu em batalha.

Após a guerra, o Brasil foi convidado à Conferência de Paz que culminou com o Tratado de Versalhes, em 1919, e obteve vantagens: autorização para ficar com os navios alemães aprisionados e a devolução de depósitos bancários retidos desde 1914 na Alemanha, referentes à venda de 2 milhões de sacas de café.


Saiba mais sobre a Primeira Guerra através das obras abaixo.

O Brasil na Primeira Guerra Mundial: A longa travessia, Carlos Daroz, 2016

Link - https://amzn.to/2BHiZc7

A Primeira Guerra Mundial: Os 1.590 dias que transformaram o mundo, Martin Gilbert, 2017

Link - https://amzn.to/32WI0Mt

A Primeira Guerra Mundial, Margaret MacMillan, 2014

Link - https://amzn.to/2qKbq22

O tratado de Versalhes: A paz depois da Primeira Guerra Mundial, Harold Nicolson, 2014

Link - https://amzn.to/2qK7T3K

Vale lembrar que os preços e a quantidade disponível dos produtos condizem com os da data da publicação deste post. Além disso, assinantes Amazon Prime recebem os produtos com mais rapidez e frete grátis, e a revista Aventuras na História pode ganhar uma parcela das vendas ou outro tipo de compensação pelos links nesta página.

Brasil Alemanha Primeira Guerra Mundial guerra conflito submarinos declaração Liga de Defesa Nacional Ruy Barbosa

Leia também

Os relatos de Joseph Baena, filho de Arnold Schwarzenegger que impressiona pela semelhança


Bridgerton: Por que nova temporada não segue a sequência dos livros?


Bebê Rena: Veja o que aconteceu com o comediante retratado na série


Bebê Rena: Atriz conheceu a stalker da vida real?


Bebê Rena: Saiba como o criador enxerga o final intrigante da série


Bebê Rena: 5 coisas que você precisa saber sobre a história real que inspirou a série