Bebê Rena, série mais assistida por brasileiros na Netflix, retrata uma verdadeira história de perseguição que marcou a vida do comediante Richard Gadd
Para quem gosta das produções baseadas em fatos da Netflix, "Bebê Rena" é a nova sugestão. Com sete episódios, a série retrata uma história de perseguição verdadeira ocorrida com o comediante Richard Gadd.
Durante três anos, ele foi perseguido por uma mulher mais velha, que desenvolveu uma obsessão no ambiente real e virtual. Vivendo uma versão ficcional de si, Gadd tem a série mais assistida por brasileiros nos últimos dias.
Conforme a Forbes, a stalker retratada na série enviou 41.071 e-mails, 744 tweets, 108 páginas de cartas, 46 mensagens através do Facebook e 350 horas de mensagens de voz.
"Um comediante é gentil com uma mulher vulnerável, despertando uma obsessão sufocante que pode acabar com as vidas dos dois", explica a sinopse da Netflix.
Nos episódios, quem vive "Martha" é a atriz Jessica Gunning. Com o nível impressionante de atuação, muitos podem questionar se ela conversou ou conheceu a perseguidora da vida real.
Antes de tudo, é necessário destacar que a série adaptou o nome da stalker por questões jurídicas e preocupação com o bem-estar não somente dela, mas também de outras pessoas retratadas em "Bebê Rena".
"É tudo emocionalmente 100% verdade, se isso faz sentido. Tudo foi tirado de casos que aconteceram comigo e de pessoas reais que conheci. Mas é claro que não se pode fazer a verdade exata, tanto por razões legais quanto artísticas", explicou Richard à Variety. "Quero dizer, há certas proteções, você não pode simplesmente copiar a vida e o nome de outra pessoa e colocá-los na televisão. E, obviamente, estávamos cientes de que alguns personagens são pessoas vulneráveis, então você não quer tornar a vida deles mais difícil. Então você tem que mudar as coisas para se proteger e proteger outras pessoas".
Conforme a BBC Internacional, não houve interações entre a série e a perseguidora do comediante. Assim, Jessica Gunning nunca conheceu e muito menos foi atrás da verdadeira "Martha".
De acordo com a atriz, ela não queria "confundir" as coisas ao saber demais sobre a mulher. Assim, se trata de "interpretação", não uma "personificação", destacou Jessica.
"Eu realmente me importava com Martha, você sabe. Assim que li o primeiro episódio, fui atraída por ela", disse ela à BBC. "Nunca a vi como uma vilã. Não acho que você possa fazer isso se estiver interpretando esse tipo de papel. Sempre a vi como multifacetada e complicada", disse ela à BBC.
