Segundo especialista, a ausência de turistas tem ajudado a manter o estado do patrimônio histórico
Ingredi Brunato Publicado em 14/09/2020, às 13h56
Nesse sábado, 12, as cavernas francesas de Lascaux fizeram seu octogésimo aniversário desde sua descoberta em 1940. Por conta do acontecimento, o jornal local France Bleu Périgord entrevistou o gerente de conservação do patrimônio histórico, Muriel Mauriac. O homem trouxe notícias boas: segundo ele, o confinamento deixou as cavernas “descansarem” e “retomarem seu equilíbrio”.
Mauriac, que está há onze anos em seu ofício, explicou sobre o surgimento de marcas no decorrer dos anos, por conta de um grande desenvolvimento de microorganismos no local desde os anos 2000.
O interior das cavernas de Lascaux, que é um Patrimônio Mundial da UNESCO, guarda valiosas pinturas rupestres do Paleolítico Superior, datadas de 17.000 anos atrás, e tê-las danificadas por marcas seria um infortúnio.
Durante esta quarentena, no entanto, Mariac observou uma estabilização e até regressão das marcas pretas em certos pontos da caverna. “Esta é uma caverna tão icônica, tão excepcional, que foi vítima de seu próprio sucesso. Depois das diferentes crises microbiológicas por que passou, podemos ver que está melhor”, contou ele.
Ainda segundo o gerente de conservação, o patrimônio conta com um equilíbrio “quase perfeito” entre as temperaturas do ar e da rocha no interior da caverna. Dessa forma, o lugar foi beneficiado em sua preservação, em contraposição com o prejuízo financeiro causado pela queda na venda de ingressos.
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