Print da tela contendo o evento de promoção nazista - Divulgação / SPCultura
Brasil

Após ataque, portal da Prefeitura de São Paulo exibia apologia ao nazismo e feira de sexo oral

As páginas foram encontradas em site da Secretaria Municipal de Cultura, contando com suásticas e fotografias de sexo explícito

Redação Publicado em 05/08/2021, às 14h27

Um portal lançado em agosto de 2014 pela Prefeitura de São Paulo foi alvo de um ataque que contou com a exibição de materiais de divulgação do nazismo e supostos eventos pornográficos até a manhã da última terça-feira, 3, tirando no ar os itens da plataforma SP Cultura após a revelação das páginas por reportagem da Folha de S. Paulo.

O site permitia a divulgação de feiras e projetos nos bairros na capital paulista livremente, sendo atacado desde dezembro de 2020 por usuários anônimos com spams e anúncios falsos.

O portal passou por "ataques cibernéticos por indivíduos não identificados, que se utilizam do instrumento para divulgar links maliciosos e redirecionamento para páginas de conteúdo adulto e criminoso", diz a prefeitura. Também é reforçado que "a página e os servidores jamais hospedaram qualquer conteúdo impróprio, mas foram utilizados como vetores de divulgação de endereços externos", completa o texto, divulgado pelo G1. 

Criada durante a gestão do ex-ministro Juca Ferreira na pasta da Cultura enquanto Fernando Haddad era prefeito, a ferramenta tinha a intenção de mapear as iniciativas culturais da cidade, relacionando a agenda com a divulgação em televisores instalados no sistema metroviário paulistano.

Criamos esse site para ampliar a comunicação da população de São Paulo, um povo diversificado e com várias classes sociais, com territórios diversos", disse Juca ao jornal.

Após a publicação da reportagem, o portal foi tirado do ar por completo, eliminando também os eventos reais divulgados na plataforma — parte deles teria feito o cadastro e divulgação de seus projetos para participar de editais de incentivo à cultura na capital, como a Lei Aldir Blanc.

Em comunicado enviado ao portal de notícias G1, A Secretaria de Cultura relatou ter recebido "denúncias sobre uso impróprio da plataforma" em junho e, que, "imediatamente, retirou as páginas do ar".

"Por impossibilidade técnica, não foi possível identificar ou coletar dados dos responsáveis [...] Os setores técnicos, por sua vez, providenciaram o desenvolvimento de medidas de segurança mais apuradas e que estão em fase de implementação. Enquanto não executadas, a página ficará fora do ar", concluiu a nota.

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