Johnny Depp, ator, produtor de cinema e diretor estadunidense - Getty Images
Johnny Depp

Aposentada que acreditava namorar Johnny Depp cai em golpe e perde R$ 208 mil

Brasileira de 61 anos entregou R$ 208,4 mil a golpista que fingia ser o ator Johnny Depp

Redação Publicado em 04/10/2022, às 13h43 - Atualizado em 08/10/2022, às 12h00

Uma aposentada brasileira de 61 anos foi mais uma das muitas vítimas de golpes que temos todos os dias pelo país. No entanto, o caso dela foi um pouco mais específico: ela chegou a entregar uma quantia total de aproximadamente R$ 208,4 mil ao golpista, que fingia ter um relacionamento com ela e se passava pelo ator estadunidense Johnny Depp.

Todo o caso se iniciou em outubro de 2020, em meio a pandemia de covid-19. Na época, a mulher, moradora da cidade de Osasco, iniciou uma conversa no Instagram com um perfil falso com o nome do ator hollywoodiano.

Segundo relato da vítima à Justiça, as conversas, no início, giravam todas apenas em torno de "assuntos do cotidiano", mas eventualmente o golpista passou a contar "uma história triste de que precisava de dinheiro para o pagamento de condenações em processos nos quais ele estava envolvido", como informado pelo colunista Rogério Gentile em texto ao UOL.

Na época, o ator Johnny Depp estava em uma disputa judicial com a também atriz e ex-esposa, Amber Heard — que só teve desfecho nesse ano, em junho de 2022 —, que o acusava de violência doméstica. "Junto com a história triste de não ter dinheiro para pagar as referidas taxas, teve início um 'romance' onde começaram as promessas do golpista de levar a autora [do processo] para morar com ele", explica Eduarda Tosi, advogada da vítima ao UOL.

Johnny Depp e Amber Heard, em fotografia de 2015 / Crédito: Getty Images

 

A pandemia contribuiu para que ela acreditasse em toda mentira contada pelo golpista, haja vista o abalo emocional vivenciado. Ela só procurava uma saída ou mudança de vida", acrescenta a advogada.

O processo ainda informa, também, que a aposentada chegou a fazer uma cirurgia plástica, enquanto acreditava que iria morar em Los Angeles com o ator, e a vítima alega que vendeu um carro e uma casa para ajudar o falso Depp. Os depositos — que somam um total de R$ 208,4 mil — foram enviados à uma conta do Banco do Brasil que o golpista alegou pertencer ao "amigo brasileiro de seu advogado".

Processo contra o banco

As conversas com o falso Johnny Depp se encerraram depois que o filho da vítima veio a questioná-la sobre as transferências e descobriu que ela havia sido vítima de um golpe. Então, a aposentada entrou na Justiça contra o Banco do Brasil, "por falta de manutenção e fiscalização", ao ter permitido que um golpista abrisse uma conta fraudulenta.

O Banco do Brasil, por sua vez, se defendeu sob o argumento de que a mulher "transferiu os valores por livre e espontânea vontade". "O prejuízo não foi causado pelo banco, mas em razão de acontecimentos que escapam ao seu poder", afirmou a defesa do órgão. A acusação contra o banco foi rejeitada, mas a aposentada ainda pode recorrer.

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