O Clotilda foi o último navio que contrabandeou escravos para os EUA. Seus pedaços foram descobertos em Alabama
Thiago Lincolins Publicado em 23/05/2019, às 14h00
No fundo do rio Alabama, localizado nos EUA, pesquisadores encontraram restos do Clotilda, um antigo navio negreiro que contrabandeava homens, mulheres e crianças da África para os EUA.
Após o congresso proibir a importação de escravos, o insólito navio negreiro operou em segredo e acabou sendo afundado propositalmente em 1860, como uma maneira de esconder as possíveis provas de seu uso. A embarcação foi responsável pelo contrabando de 110 pessoas.
De acordo com o National Geographic, a expedição responsável pela descoberta foi liderada pela empresa Search Inc em parceria com a Comissão Histórica do Alabama. Os pesquisadores explicaram que o tamanho, o formato e o material do navio encontrado coincidem com as características do Clotilda.
"Somos cautelosos ao nomear naufrágios que não têm mais seu nome ou algo parecido que identifique o navio", explicou o arqueólogo James Delgado em um comunicado. "Mas as evidências físicas e forenses sugerem poderosamente que este é Clotilda".
Descendentes dos escravos que eram contrabandeados e que vivem hoje em Africatown, uma comunidade histórica nas proximidades do Alabama, ficaram curiosos com a novidade.
"Eu penso nas pessoas que vieram antes de nós, que trabalharam e lutaram bastante", explicou Joycelyn Davis, descendente da sexta geração de um dos escravos que passaram pelo navio em entrevista.
Maldição por trás da abertura da tumba de Tutancâmon é desvendada
Itália: Após 11 anos, autoridades identificam corpo de vítima de naufrágio
Salvador: Mãe de aluno ataca colégio por uso de livro antirracista
Narrador que presenciou acidente de Senna revela bastidores da tragédia: ‘Clima de morte’
Walter Hertel, soldado da FEB na Segunda Guerra Mundial, morre aos 101 anos
Quem criou o famoso capacete verde e amarelo de Ayrton Senna?