Imagem ilustrativa de um cometa - Divulgação/Pixabay
Espaço

Cometa recém-descoberto é visto momentos antes do eclipse solar total

De acordo com a NASA, o C/2020 X3 foi avistado pela primeira vez por um astrônomo amador. Confira!

Penélope Coelho Publicado em 21/12/2020, às 07h40

De acordo com informações publicadas no último sábado,19, pela revista Galileu, a NASA anunciou a recente descoberta de um cometa chamado de C/2020 X3 (Soho).

Segundo a instituição, o corpo celeste foi visto pela primeira vez de maneira inesperada. Tudo aconteceu no último domingo, 13, um dia antes do eclipse solar total — que pôde ser observado de alguns países da América Latina.

Ansioso para avistar o fenômeno no céu, o astrônomo amador Worachate Boonplod, flagrou o cometa através dos dados de satélite do Projeto Sungrazer, uma iniciativa da NASA que permite que qualquer cidadão registre novos fenômenos em seu banco de dados.

O cometa C/2020 X3 / Crédito: Divulgação/NASA

 

De acordo com a reportagem, o C/2020 X3 é da ‘família’ dos cometas rasantes chamados de Kreutz, corpos celestes que originalmente se fragmentaram há milhares de anos e vieram de um objeto maior, sabe-se que eles continuam na órbita solar até os dias atuais.

No momento em que o registro do cometa foi feito, ele estava viajando a cerca de 724 mil quilômetros por hora, com uma distância de 4,3 milhões de quilômetros do Sol. O corpo celeste tinha aproximadamente 15 metros de diâmetro e se desintegrou em partículas de poeira momentos antes de atingir o ponto mais próximo da superfície solar.

Confira o vídeo!

The "new" comet C/2020 X3!

"As Chile and Argentina witnessed the total solar eclipse on Dec. 14, 2020, unbeknownst to skywatchers, a little tiny speck was flying past the Sun — a recently discovered comet."#Science #Space #astronomy#comet@NASA

⏯️https://t.co/fF4OdtLXNr pic.twitter.com/sOpKQzj60a

— Manuela Casasoli (@manuelacasasoli) December 20, 2020

 

Os primórdios do sistema solar

Alguns corpos do sistema solar são conhecidos desde a Antiguidade, já que são visíveis a olho nu. Mas foi apenas anos depois que o homem começou a entender o que realmente se passa no céu – inclusive a perceber que a Terra não era o centro do Universo. 

Ptolomeu, astrônomo de Alexandria, lançou a teoria de que a Terra é o centro do Universo e os corpos celestes giram em torno dela. Além do Sol e da Lua, já eram conhecidos Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno – todos vistos a olho nu.

Por conta da cor, Marte recebeu dos romanos o nome do deus da guerra. Na Ásia, era a “Estrela de Fogo”. No Egito, “O Vermelho”.

Já outro grande momento se deu com o polonês Nicolau Copérnico, que virou o mundo do avesso ao elaborar, a partir de 1514, uma teoria que corrigia as ideias de Ptolomeu (e também do filósofo Aristóteles).

A Terra não é o centro do Universo: é apenas um planeta que gira em torno do Sol. Nascia a teoria heliocêntrica.

Em 1610, Galileu Galilei descobriu quatro satélites de Júpiter, entre eles Ganimedes (a maior lua do sistema solar). Ele tornou-se um defensor da teoria de Copérnico e acabou julgado pela Inquisição.

Para não ser condenado, declarou que a teoria era apenas uma hipótese e deu um tempo nos estudos – só retomados sete anos mais tarde.

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