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Notícias / Mausoléu de Halicarnasso

A saga do Mausoléu de Halicarnasso, uma das sete maravilhas do mundo antigo

Construída em homenagem ao rei Mausolus, a impressionante estrutura datada do século 4 a.C. era uma verdadeira obra-prima da arquitetura

por Giovanna Gomes

ggomes@caras.com.br

Publicado em 05/05/2024, às 07h00

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O rei Mausolus e ilustração representando o Mausoléu de Halicarnasso - Wikimedia Commons/Guillaume Rouille/Ferdinand Knab
O rei Mausolus e ilustração representando o Mausoléu de Halicarnasso - Wikimedia Commons/Guillaume Rouille/Ferdinand Knab

O Mausoléu de Halicarnasso, considerado uma das sete maravilhas do mundo antigo, foi um enorme túmulo construído em homenagem a um importante rei que morreu em 353 a.C.. Seu nome, Mausolus, inspirou o termo hoje associado a tumbas grandiosas.

Infelizmente, da impressionante estrutura de 140 metros de altura construída na vibrante Halicarnasso, no século 4 a.C., restam apenas ruínas, hoje visitadas por turistas que se aventuram pela atual Bodrum, na Turquia.

No passado, o local foi um impressionante centro cultural dentro do Império Grego no qual o rei Mausolus, da dinastia Hecatomnida, reinou entre aproximadamente 377 e 353 a.C., junto com sua irmã-esposa Artemísia II de Caria.

Durante seu reinado, eles realizaram extensas reformas na cidade, incluindo a construção de muralhas, templos e um grande palácio. Nenhuma desas obras, porém, foi tão grandiosa quanto o túmulo que Artemísia ordenou construir após a morte do marido.

Como destacou o portal All That's Interesting, o Mausoléu de Halicarnasso, era uma verdadeira obra-prima da arquitetura e combinava elementos gregos, do Oriente Próximo e egípcios.

As ruínas do Mausoléu de Halicarnasso / Crédito: Wikimedia Commons/FollowingHadrian

Detalhes

Feito quase inteiramente de mármore, o monumento erguia-se a uma altura de aproximadamente 140 metros, com um telhado em forma piramidal composto por 24 degraus. No topo, uma escultura colossal com sete metros e meio retratava Mausolus e Artemísia II liderando uma carruagem puxada por quatro cavalos.

A base maciça do edifício era decorada com mais de 400 esculturas, retratando pessoas, animais e carruagens, enquanto 36 colunas jônicas adornavam sua estrutura, acompanhadas por frisos elaborados.

Infelizmente, Artemísia II não viveu para ver a conclusão da estrutura, falecendo por volta de 350 a.C. De acordo com a fonte, seus restos mortais, assim como os de seu marido, foram depositados no túmulo ainda inacabado.

Estrutura abalada

Não muito tempo depois, a cidade de Halicarnasso sofreu um cerco devastador nas mãos de Alexandre, o Grande, em 334 a.C., sendo incendiada. Mais tarde, sofreu com terremotos que assolaram a região entre os séculos 11 e 15 d.C.

No século 15, inclusive, o mausoléu teve parte de sua instrutura utilizada na construção do Castelo de São Pedro pelos Cavaleiros de São João.

Castelo de São Pedro de Halicarnasso / Crédito: Wikimedia Commons/Horvat

Séculos depois, já em 1856, o arqueólogo britânico Charles Newton encontrou os restos do mausoléu e iniciou escavações no local. Vale destacar que muitas das peças encontradas foram levadas para o Museu Britânico em Londres, onde estão em exposição até hoje.

Planos de reconstrução

Conforme o All That's Interesting, embora o Mausoléu de Halicarnasso tenha desaparecido em sua forma original, existem planos para sua reconstrução no local original.

Liderados pelo arqueólogo dinamarquês Poul Pedersen, esses esforços visam trazer de volta à vida uma das maravilhas do mundo antigo e restaurar o legado cultural e histórico de Halicarnasso para as gerações futuras.