Imagem de divulgação do filme - Divulgação / Globo Filmes
A Viagem de Pedro

'Ele estava flertando com a loucura', diz diretora sobre Dom Pedro I mostrado no filme

"A Viagem de Pedro" estreia nesta quinta-feira, 1, dias antes do Bicentenário da Independência

Redação Publicado em 01/09/2022, às 12h42

Dirigido por Laís Bodanzky, o longa “A Viagem de Pedro”, que tem estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 1, aborda o período de dois meses em que o imperador do Brasil esteve em viagem para Portugal logo após sua abdicação, no ano de 1831.

Apesar de seu caráter histórico, todavia, a figura de Pedro I é retratada na produção de maneira nunca antes vista: Doente, inseguro e com o psicológico abalado. Assim é apresentado aquele que, anos antes, protagonizou o processo de independência do país.

Licença poética

Segundo informações da TV Liberal, da Rede Globo, a grande maioria das cenas do filme foi gravada no Cisne Branco da Marinha do Brasil. É importante destacar que, como não há registros históricos oficiais sobre o trajeto, "A Viagem de Pedro" utiliza-se de uma ampla liberdade poética.

Assim, a obra se propõe a desconstruir a imagem de Pedro como herói, uma vez que teria sido um homem que praticava diferentes tipos de opressões, tais como de gênero e raça.

Ele estava flertando com a loucura. O filme delira nessa cabeça dele, mas a partir dele, nós mostramos nessa embarcação, microcosmos do Brasil daquela época, não diferente de hoje, que é na sua maioria preta. E essas histórias das personagens pretas você não encontra nos livros oficiais", disse Bodanzky à fonte.

"Então elas tiveram que ser construídas com informações garimpadas de vários lugares, mas a contribuição de vários atores e atrizes foi fundamental pra gente trazer com respeito o Brasil daquela época com o nosso olhar crítico e contemporâneo”, finalizou.

Também a atriz Dirce Thomas, que faz o papel de Benê, comentou sobre a presença de atores negros no filme, acrescentando que seus personagens são apresentados de forma bastante diferente do que de costume.

São negras e negros no filme que têm um trabalho de cabeça erguida! Ali não tem o negro mostrando a sua dor, a sua submissão, eles não estão apanhando. A gente dialogou antes do filme, para que nós [atores] não trouxéssemos esses resquícios que tem na nossa sociedade de escravização", apontou. 
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