Fotografia do esqueleto polonês - Divulgação/ Piotr Namiota
Arqueologia

Esqueleto medieval com duas formas de nanismo é descoberto na Polônia

É a primeira vez que um esqueleto com ambos os quadros é encontrado pela arqueologia

Ingredi Brunato Publicado em 05/12/2022, às 19h48

Um estudo publicado pelo International Journal of Osteoarchaeology descreve a análise de um esqueleto masculino desenterrado na Polônia que constitui o primeiro quadro já descoberto de duas formas de nanismo nos tempos medievais. 

Os restos mortais foram descobertos durante a exploração arqueológica de um cemitério que ficava nas proximidades de um mosteiro. A datação em carbono do cadáver revela que ele viveu entre os séculos 9 e 11, durante a Baixa Idade Média. 

Através do desenvolvimento de modelos em 3D de seus ossos, os pesquisadores perceberam que o homem sofria com mais de uma displasia esquelética, termo que classifica doenças genéticas hereditárias que afetam o desenvolvimento do corpo. 

O quadro era observável devido às dimensões desproporcionais do esqueleto: embora o torso tivesse um tamanho regular, os braços e pernas eram mais curtos que o considerado normal e a cabeça era muito grande para o corpo. Além disso, havia diversos outros detalhes que mostravam uma formação irregular, como ossos muito dilatados no quadril, coluna estreita e céu da boca arqueado. 

Ao unirem as características dissonantes, os cientistas puderam concluir que o indivíduo teria, em vida, sofrido com duas formas de nanismo: acondroplasia (o tipo mais comum de nanismo), e discondrosteose de Léri-Weill (LWD), conforme repercutido pelo LiveScience.

Deficiência na Idade Média 

O próximo passo da pesquisa será tentar identificar quem foi o homem, e de que forma a sociedade medieval polonesa teria reagido às suas condições genéticas. 

Dependendo se o homem era leigo ou monge, sua vida poderia ter variado muito de acordo com sua condição genética. O mosteiro era um local de maior inclusão para pessoas fisicamente diferentes do mundo secular, com suas maiores exigências físicas no cumprimento das papel de marido e pai", afirmou Magdalena Matczak, bioarqueóloga envolvida no estudo, em entrevista ao LiveScience. 

+ Para conferir o artigo na íntegra, clique aqui. 

Idade Média notícias arqueologia Polônia cemitério Nanismo Mosteiro

Leia também

Fotos inéditas da família real britânica serão exibidas no Palácio de Buckingham


Fotógrafo flagra maior tatu do mundo na Serra da Canastra, em Minas Gerais


Colônia de Roanoke: Arqueólogos lançam nova luz sobre a misteriosa história


Ossadas carbonizadas são encontradas em fazenda de possível milícia do RJ


Ucrânia: Zelensky pretende convocar presidiários para guerra contra a Rússia


Eslováquia: Idoso acusado de tentar matar primeiro-ministro tem primeira audiência