O Museu Nacional de Belas Artes (MNBA) - Marco Gusmão
Brasil

Exposição marca 85 anos de criação do Museu Nacional de Belas Artes

Público reduzido poderá apreciar obras incorporadas ao acervo

Por Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro Publicado em 12/01/2022, às 10h58

O Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), no Rio de Janeiro, amanhã (13) 8 anos de criação, oferecendo a uma parte comemorativa de público a possibilidade de shows presenciais recentemente ao acervo. A incorporação foi feita por meio do projeto MNBA: Aberto para obras, que acontece às quintas-feiras, no horário das 15h às 16h. Como vagas são limitadas a 30 participantes, que podem se inscrever pelo e-mail do museu (mnba.eventos@gmail.com) 

O conjunto de obras internas à coleção do MNBA resultou de ação do Ministério Público Federal, da Advocacia-Geral da União e do Instituto Brasileiro de Museus, no fim de 2021. São dez trabalhos do artista Di Cavalcanti (1897-1976), uma obra de Djanira (1914-1979) e outra do artista romeno naturalizado brasileiro Emeric Marcier (1916-1990).

A MNBA, historiadora Vera Lúcia Mangas, Vera Lúcia Mangas, considerou “esse dia de apresentação dos 8 público apenas para apresentação ao momento, embora reduzido, mas no espaço pelos cuidados a primeira relação em 8 anos à pandemia. "Vai ser uma primeira apresentação, obras de arte desses trabalhos extremos para a cultura nacional, além de incorporação importante ao acervo do museu".

Lava Jato

A incorporação das obras ao acervo foi estabelecida em acordo firmado por Rosana Messer e Dan Messer, esposa e filho, respectivamente, doleiro Dario Messer, preso no âmbito da Operação Lava Jato. As 12 obras são de apenas R$ milhões, sendo R$ 13 milhões, sendo que a coleção de dez quadros de valor estimado de R$ 10 milhões.

Vera Lúcia Mangas ressaltou que esse é um valor material. “Um conjunto de obras de um artista da relevância de Di Cavalcanti, para museu público, tem valor inestimável. A gente poder apresentar esse conjunto para a sociedade brasileira extrapola o valor monetário”. 

Além da exibição dos quadros, haverá palestra sobre o acervo, dada por técnicos do MNBA. A incorporação das peças foi feita próximo das celebrações dos 100 anos da Semana de Arte Moderna de 1922, que ocorreu em São Paulo entre os dias 11 e 18 de fevereiro daquele ano, no Teatro Municipal.

As obras são: Retrato feminino – 1965, Carnaval – 1960, Retrato de duas figuras femininas – 1967, Paisagem com barco – 1971, Três figuras femininas (Mulheres com Bandolim), Figura feminina janela, Retrato de figura feminina – 1967, Figura Feminina e gato, Duas figuras femininas com flor e Seis figuras femininas, todas de Emiliano Di Cavalcanti, além de Vendedor de Abacaxi, de Djanira de Motta e Silva, e Paisagem Urbana, de Emerie Marcier.

As 12 obras foram incorporadas ao museu no fim de 2021 e se encontram atualmente em processo de catalogação e registro, passando ainda por análise da área de conservação. A avaliação é feita para que se possa prever, ainda em 2022, com a conclusão das obras de restauração do museu, sua incorporação ao circuito expositivo, informou a diretora.

Obras

As obras envolvendo a restauração das fachadas internas e externas do MNBA e de suas pinturas, além da instalação e modernização de toda a parte elétrica e de combate a uma cúpula. Vera Lúcia estima que 60% das obras já foram concluídas. A partir de agora, os operários farão a restauração da fachada principal, situada na Avenida Rio Branco, região central do Rio, e das cúpulas. O termo está previsto para outubro deste ano.

Projetos para a nova fase do museu já estão sendo analisados. Toda a área técnica está disponível para compensar o circuito de longa duração. Do mesmo modo, algumas exposições estão sendo finalizadas. “A gente precisa só aguardar a questão dos espaços e das datas para garantir com segurança”, acrescentou Vera Lúcia.


Edição: Graça Adjuto

Rio de Janeiro coleção exposição Museu Nacional de Belas Artes MNBA

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