Não se sabe exatamente quem está em tumba ricamente ornamentada, mas especula-se que pode ser antigo rei do estado Chu, um dos Sete Reinos Combatentes
Arqueólogos chineses descobriram recentemente que uma antiga tumba ricamente ornamentada, datada de 2.200 anos atrás e encontrada no leste do país, pode ter pertencido ao governante do estado Chu. Vale mencionar que este foi um dos sete poderosos reinos chineses que disputaram a supremacia do território no chamado Período dos Estados Combatentes.
Conforme descrito por profissionais da Administração do Patrimônio Cultural Nacional da China (NCHA), segundo repercutido pela agência de notícias estatal chinesa, a Xinhua, o túmulo é considerado o maior e mais complexo já encontrado referente ao estado de Chu. Por isso, ele pode revelar mais sobre como eram as condições da época e sobre aquela cultura.
A escavação já ocorre há quatro anos, no sítio arqueológico Wuwangdun, próximo à cidade de Huainan, na província de Anhui. Ali, também foram descobertas mais de mil relíquias culturais, como artefatos laqueados, vasos de bronze, instrumentos musicais, sem mencionar um caixão central, com mais de mil caracteres inscritos.
A partir de uma datação por radiocarbono, os pesquisadores descobriram que a tumba é datada do fim do estado de Chu, por volta de 220 a.C., quando a região já sofria influência do estado de Qin — o vencedor entre os sete estados combatentes. Porém, vale mencionar que somente cerca de um terço da tumba foi escavado até o momento, e ainda não foi definido perfeitamente quem foi enterrado ali.
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Apesar de ainda não haver confirmação, especula-se fortemente que a pessoa ali enterrada seja o rei do estado feudal de Chu. Essa informação foi divulgada pela arqueóloga e historiadora de arte da Universidade de Heidelberg, na Alemanha, Margarete Prüch, que não esteve envolvida nas escavações mas que, em uma viagem recente à Coreia, discutiu o túmulo com acadêmicos locais.
Segundo Prüch, em fala ao Live Science, possivelmente a tumba pertenceu ao rei Chu Kaolie, que governou a região entre 262 a.C. e 238 a.C.: "É de fato um dos maiores e mais completos túmulos da cultura Chu até agora. A estrutura da tumba e os objetos funerários são excelentes e trarão abordagens novas e inovadoras para o campo", pontua ela.