Foto ilustrativa de uma salamandra - Wikimedia Commons
Arqueologia

Fóssil de salamandra de 230 milhões de anos resgata “elo perdido” na evolução dos sapos

O fóssil esquelético — que inclui ossos dos ombros, parte da boca e algumas outras extremidades — levantou novas questões

Fabio Previdelli Publicado em 14/05/2020, às 12h46

Os restos de uma criatura fossilizada de 2,54 centímetros passaram a ser considerados os mais antigos de uma salamandra. O antigo anfíbio, chamado de Triassurus sixtelae, viveu na Rússia há aproximadamente 230 milhões de anos sendo 90 milhões de anos mais antigo do que qualquer outro encontrado na história.

O fóssil foi descoberto na Formação Madygen no Quirguistão e inclui ossos dos ombros, parte da boca e algumas outras extremidades. Os pesquisadores também descobriram evidências de que essa espécie vivia tanto na terra como em águas rasas, e que seria um “elo perdido” da evolução dos sapos.

O fóssil encontrado da Salamandra / Crédito: PHYS.org

 

A equipe também descobriu que o fóssil tinha algumas diferenças em relação aos tetrápodes que o colocavam acima dos Temnospondyli na árvore evolutiva, em um grupo chamado batráquios, que inclui salamandras e sapos dos tempos modernos.

Os pesquisadores sugerem que a descoberta representa uma ponte entre as mais antigas salamandras conhecidas e as que ainda estão vivas hoje. “[A descoberta] esclarece não apenas a evolução inicial do plano do corpo da salamandra, mas também a origem do grupo como um todo", declarou um dos pesquisadores.

Além do mais, a localização da descoberta sugere que as salamandras podem ter se originado na Eurásia e depois se dispersado amplamente a partir daí, em alguns casos seguindo pontes terrestres que existiam durante o período triássico.

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