Restos mortais do fundador da Falange, Primo de Rivera, foram exumados nesta segunda-feira, 24
Redação Publicado em 24/04/2023, às 09h35
Foram exumados os restos mortais de Primo de Rivera, que fundou a Falange, partido inspirado pelo fascismo e que serviu como um dos pilares do franquismo, nesta segunda-feira, 24. A ossada se encontrava no mesmo mausoléu que abrigava os restos mortais de Francisco Franco.
O episódio compreende a lei 'Memória Democrática', que entrou em vigor no mês de outubro e tem como um dos objetivos transformar o antigo mausoléu em um espaço de memória a respeito dos horrores do franquismo.
Na última semana, Félix Bolaños, ministro do Presidência, comentou a importância desse processo.
"É mais um passo para que nenhuma pessoa seja enaltecida, nenhuma ideologia que evoque a ditadura", disse ele. "A democracia espanhola não merece lugares como o 'Vale dos Caídos'".
Com a exumação, o caixão de Primo de Rivera será levado até o cemitério de San Isidro, localizado em Madri. Lá, se encontram os restos mortais de outros familiares do fundador da Falange.
Os bastidores envolveram negociações das condições para a exumação entre a família de Primo de Rivera e o governo. Os familiares escolheram a data, pois, marca o 120º aniversário do nascimento do fundador do partido que tem inspiração fascista.
Vale lembrar que em 2019, após anos de disputa na justiça, o governo teve autorização para exumar os restos mortais de Francisco Franco do Vale dos Caídos. A ideia é evitar a apologia a ditadura de Franco. Para o primeiro-ministro Pedro Sánchez indenizar as vítimas da Guerra Civil e da ditadura é uma prioridade.
"É uma grande vitória da dignidade, da memória, da justiça, da reparação e, portanto, da democracia espanhola", disse Sánchez quando Franco foi exumado.
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