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Egito Antigo

Cientistas recriam perfume de 2 mil anos que pode ter sido usado por Cleópatra

A fragrância feita à base de mirra é uma mistura espessa e pegajosa de cardamomo, azeite de oliva e canela. De acordo com os pesquisadores, era praticamente o "Chanel número 5" do Egito Antigo

Redação Publicado em 13/08/2019, às 12h00

Os mistérios que pairam sobre o Egito Antigo marca constante presença no imaginário popular. Como uma das civilizações mais antigas do mundo, também é a que mais guarda segredos. Um dos principais ícones do é a Rainha Cleópatra.

Recentemente, estudos foram feitos para tentar descobrir qual era o verdadeiro rosto da Rainha. Mas se ainda não temos a total certeza do rosto da faraó, arqueólogos podem ter descoberto qual era o perfume que ela usava.

Escavações realiadas em Tell-El Timai – região localizada próxima ao Cairo – podem ter revelado a receita do perfume, que seria uma mistura espessa e pegajosa feita à base de mirra com cardamomo, azeite de oliva e canela. “Este era o Chanel número 5 do antigo Egito”, disse Robert Littman, arqueólogo da Universidade do Havaí que, junto com seu colega Jay Silverstein, é responsável pela pesquisa.

A região era conhecida na antiguidade como a cidade de Tmuis, lar de dois dos aromas mais conhecidos do mundo antigo e da Mesopotâmia: Mendesian e Metopian. Em 2012, os arqueólogos descobriram, o que parecia ser, a casa de um comerciante de perfumes, que continha uma área para fabricação de algum tipo de liquido, como ânforas e garrafas de vidros com resíduos.

Apesar das garrafas não apresentarem cheiro, uma análise química com iodo permitiu a identificação de algum ingredientes. A descoberta foi levada para dois especialistas em perfumes egípcios, Dora Goldsmith e Sean Coughlin, que auxiliaram na produção da essência, baseando-se em formulas encontradas em textos gregos antigos.

Mesmo que Cleópatra não usasse o perfume, sabe-se que a fragrância era popular entre a elite da Antiguidade, e sua recriação possui um valor incalculável, pelo menos para a arqueologia. “É uma grande emoção cheirar um perfume que ninguém cheirou em 2 mil anos e que Cleópatra pode ter usado”, celebrou Littman em um comunicado de imprensa da universidade.

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