Mãe de Beatriz e acompanhantes durante peregrinação - Divulgação / G1
Brasil

Mãe faz peregrinação por justiça para filha assassinada

A criança foi morta a facadas durante uma festa da escola, há seis anos, mas o caso ainda não foi desvendado

Redação Publicado em 03/01/2022, às 16h00

Lucinha Mota, mãe de uma menina que foi assassinada há seis anos, realizou uma peregrinação de mais de 700 km em busca de Justiça. No dia 5 de dezembro, ela deixou Petrolina, cidade onde vive, e partiu em direção a Recife para se encontrar com o governador do estado de Pernambuco.

Acontece que, no ano de 2015, Beatriz, sua filha de sete anos, foi morta com 42 facadas durante uma festa na escola, da qual participaram mais de duas mil pessoas. O marido de Lucinha, Sandro, que também participou da jornada, era professor na instituição. 

De acordo com informações do G1, ainda hoje não se sabe quem matou a criança. A mãe da menina, apesar de ter sofrido com uma depressão profunda, buscou forças e cursou faculdade de direito para poder acompanhar o caso de perto.

Eu vivo pra garantir à Beatriz um inquérito justo. Foi tirada dela a vida, o bem mais precioso que ela tinha, seus sonhos, e a Polícia Civil de Pernambuco não deu a ela o mínimo, que seria um inquérito justo, que seus assassinos fossem presos, punidos e condenados. Então hoje eu vivo pra garantir isso à minha filha", disse a mulher.

Conforme a fonte, o inquérito já contou com oito delegados e sete perícias, porém ninguém foi preso. Uma câmera de segurança chegou a captar imagens de um possível suspeito, mas a polícia não foi capaz de identificá-lo.

"A Polícia de Pernambuco sabotou o inquérito da Beatriz e, agora, ela tem a oportunidade de corrigir esse erro, mas ela escolheu simplesmente acolher e proteger os assassinos. É isso que a Polícia Civil de Pernambuco está fazendo, porque um governo que tolera impunidade é cúmplice da criminalidade", declarou Lucinha.

Para Humberto Freire de Barros, Secretário de Defesa Social do Estado de Pernambuco,"houve dificuldades em momentos da investigação". Ele afirmou ao G1 que "houve complexidades próprias de um crime desta natureza, em que você não consegue ter elementos que levem a suspeitos". No entanto, assegurou: "não vamos descansar até que tenhamos realmente chegado ao culpado".

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