Beate Bahner é responsável por textos e ações judiciais que tentavam barrar a quarentena, mas foi presa após surto psicótico
André Nogueira Publicado em 16/04/2020, às 12h16
Uma mulher na Alemanha, que virou ícone do negacionismo do coronavírus no país, foi internada numa clínica psiquiátrica após agredir um policial e agir de “maneira confusa” na rua.
A advogada Beate Bahner, de 54 anos, participara de protestos contra o isolamento social e apresentou ações judiciais que prejudicavam a quarentena, chamando a Covid-19 de “mera gripe”.
Bahner foi responsável por um processo levado ao Tribunal Constitucional da Alemanha em que declarava as medidas do governo como inconstitucionais, visando suspender o controle à pandemia.
No entanto, a ação foi rejeitada. Ela também redigiu um manifesto de 19 páginas em apoio aos negacionistas, acusando o governo de tirania. Ainda chegou a comparar, em outra ação na justiça, a quarentena “à perseguição e assassinato de judeus” durante o Terceiro Reich.
Ela já era investigada criminalmente por atos ilegais ao convocar uma manifestação pública contra a quarentena. Ao ter suas apelações negadas, ela declarou que anularia a própria licença de advocacia, por fracassar em "salvar a ordem básica liberal-democrata na Alemanha do mais grave ataque global e do estabelecimento extremamente rápido da tirania mais desumana que o mundo já viu". Seus textos pareciam cada vez mais paranoicos, gerando suspeita de instabilidade psicológica.
No caso que a levou à prisão, a advogada apresentou um surto psicótico, chegando a enviar mensagens à irmã dizendo estar com medo de dois supostos assassinos que a perseguiam. Ao se aproximar de outro carro com medo, a polícia foi acionada e ela começou a gritar com dois homens: "Deixem-me entrar! Sou a maior inimiga do Estado nesse momento". Resistindo à prisão, ela mordeu um policial e, pouco tempo depois de presa, foi indicada a uma clínica psiquiátrica.
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