Feitas por prisioneiros e recriadas pelo músico italiano Francesco Lotoro, as composições são uma janela para o passado
Joseane Pereira Publicado em 18/11/2019, às 08h00
No dia 21 de novembro, músicas compostas por prisioneiros de campos nazistas serão reproduzidas no Memorial da América Latina, em São Paulo. O evento, promovido pela ONG KKL Brasil, será um esforço para financiar o projeto de Francesco Lotoro, maestro italiano que resgata essas composições ao redor do mundo.
O evento também marcará os 75 anos da libertação de prisioneiros nos campos da Segunda Guerra. “Em muitos casos, são filhos e netos os responsáveis em guardar os manuscritos, anotações, gravações”, afirma Lotoro em entrevista ao jornal Estadão. “[Nos campos nazistas] havia um caleidoscópio de experiências e linguagens”.
Há cerca de 30 anos, o maestro vem encontrando essas canções nos mais diversos lugares, como memoriais, acervos públicos, comunidades ciganas e casas de judeus sobreviventes. E as músicas vêm junto com histórias de seus compositores, como a do checo Rudolf Karel, mandado ao campo de concentração de Terezín. Lá, ele compunha em papel higiênico com o carvão medicinal que lhe era dado para tratar desinteria.
Para Lotoro, as músicas não precisam ter o peso da guerra. Sua maior preocupação é fazê-la sair dos campos, como desejavam seus criadores. “No momento em que estou tocando, é preciso ser apenas o músico. A canção não precisa de todo o histórico do Holocausto, é preciso se aproximar dela como fizeram os grandes compositores”, afirmou ele.
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