Os navios Varbergskoggen 1 e 2 datam do século 14, a foram descobertos a quase 10 metros de profundidade no Mar Báltico
Éric Moreira, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 06/12/2022, às 12h22
Recentemente, arqueólogos de uma empresa escandinava chamada Arkeologerna descobriram ruínas de dois navios medievais, que acreditam datar do século 14, nas águas próximas às costas do Mar Báltico, na Suécia, além de alguns utensílios domésticos em seu interior. Até o momento, no entanto, não identificaram a razão para os naufrágios.
De acordo com publicação no site Ancient Origins, ambas as embarcações pertencem ao período da Liga Hanseática — aliança marítima de cidades mercantis que dominava o norte da Europa comercial e politicamente entre os séculos 13 e 15. Além disso, puderam atestar que os dois grandes barcos vieram de regiões muito longes, a partir de análise do tipo de madeira utilizada para suas construções.
É muito emocionante ver como eram os contatos comerciais medievais e as rotas de transporte marítimo ao longo da costa oeste", opina, em comunicado, a arqueóloga Elisabet Schager.
Segundo a Revista Galileu, os pesquisadores apontaram que os navios possuíam características semelhantes às das embarcações medievais. O maior deles, nomeado como Varbergskoggen 1, foi construído provavelmente na região entre onde se encontram, hoje, a Holanda, a Bélgica e o nordeste da França, enquanto o segundo — Varbergskoggen 2 —, no norte da Polônia.
Ambas as embarcações foram descobertas durante a construção de um túnel ferroviário próximo a Varberg, cidade sueca localizada há menos de 200 km da Copenhagem, capital da Dinamarca.
O mais surpreendente das descobertas, porém, foi o estado de conservação das embarcações, que estavam ainda muito bem preservadas. Tanto que dentro dos naufrágios foram encontrados, também, alguns utensílios domésticos utilizados pelos tripulantes, como tigelas e colheres de madeira, além de tampas, bases de barris com gravuras e sapatos de couro.
Com as descobertas, Elisabeth Schager aponta que a equipe também fez coletas do solo do local, para que pudessem talvez identificar restos de alimentos e, com isso, identificar o tipo de carga que as embarcações transportavam. "A partir disso, podemos entender de onde eles vieram e para onde estavam indo", explica.
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