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Arqueologia

Novas interpretações podem desvendar o mistério das Linhas de Nazca, no Peru

A partir de pesquisas, foram criadas hipóteses dos desenhos fazerem parte de rituais direcionados a deuses da chuva

André Nogueira Publicado em 21/06/2019, às 08h00

Um dos maiores mistérios da arqueologia atual pode estar muito próximo de ser resolvido. Isso porque novos estudos realizados nas Linhas de Nazca progridem para conclusões. 

As últimas pesquisas sobre os geoglifos sugerem que eles podem estar relacionados com rituais antigos que apelam para as forças da chuva. Trata-se de marcas no chão que são que são visíveis apenas pelo ar. Ou seja, seus criadores não podiam vê-las. 

Na tentativa de compreender os desenhos esculpidos no deserto peruano, um grupo liderado pela Universidade de Hokkaido (Japão) estudou a fisionomia dos desenhos e também a de 16 espécies de aves.

Com isso, foi possível determinar quais espécies eram retratadas. Um exemplo surpreendente foi a possibilidade de identificar que o Glifo Beija-Flor é, especificamente, uma espécie eremita. E assim, foi possível notar que muitas imagens retratam espécies que nem moravam no deserto de Nazca.

Glifo Beija-Flor / Crédito: Reprodução

 

A pesquisa parte da noção de que, para entender as motivações e os objetivos da produção dessas linhas, é necessário compreender o que elas retratam. Masaki Eda, pesquisador japonês, guiou o grupo de identificação das 16 aves representadas.

Espécies como beija-flores eremitas e pelicanos, que são de outras regiões do Peru, podem ter sido retratadas a partir de experiências das comunidades de Nazca em busca de alimentos por regiões diversas.

Nesses termos, as representações em Nazca relatam mais aves exóticas do que seres comuns no cotidiano desses povos. A identificação também passou pela comparação com ilustrações de cerâmicas contemporâneas da região. Talvez existam geoglifos representando avos como condores e flamingos.

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