A descoberta se deu em um sítio arqueológico localizado no País de Gales
Redação Publicado em 20/04/2022, às 11h42 - Atualizado em 20/05/2022, às 09h00
Arqueólogos encontraram os restos mortais do que eles acreditam ter sido um mercenário e sua vítima, que viveram no período do Império Romano.
A descoberta se deu no País de Gales, no Reino Unido, em um sítio arqueológico que guarda esqueletos de diferentes épocas, desde a pré-história.
O possível mercenário foi enterrado com uma espada. Os pesquisadores encontraram o esqueleto de um segundo homem que, decapitado, foi sepultado com a cabeça nos pés do mercenário.
Entre os anos de 2017 e 2018, a empresa de serviços arqueológicos Rubicon Heritage, da Irlanda, realizou escavações no local. Desde então, uma equipe de especialistas vem promovendo investigações, especialmente sobre o caso dos dois homens enterrados juntos.
"[Os primeiros povos medievais] voltaram ao local pré-histórico para fazer este túmulo, embora fosse um período cristão, e você esperaria que eles fossem enterrados em torno de uma capela ou igreja", disse Mark Collard, diretor da Rubicon Heritage e arqueólogo responsável pelo projeto de escavação, conforme repercutido pelo Live Science.
Segundo Collard, o possível mercenário teve um enterro "bastante peculiar", uma vez que foi encontrado "no meio de um campo perto da vila romana com vista para o vale e para o mar." Para o arqueólogo, esse seria "um ótimo lugar para ser enterrado."
O homem, que utilizava botas, foi colocado de bruços em um caixão fechado com pregos. Junto a ele estavam uma longa espada de ferro e um broche de prata, que seriam indicativos de trajes militares romanos do final do quarto ao início do quinto século d.C.
O pesquisador explicou que, durante o período romano tardio, a região que se tornaria o Reino Unido sofreu com invasões, levando o império a lutar com a ajuda de mercenários. Por isso, há chances de o esqueleto encontrado ser de um desses mercenários romanos ou até mesmo de um invasor.
Não se sabe, segundo o Live Science, de que maneira o homem morreu. A suspeita é de que tenha contraído uma infecção no ouvido, a qual teria se espalhado pelo crânio. Ele tinha cerca de 20 anos e altura de até 1,75 metro.
O homem decapitado também tinha seus vinte e poucos anos quando foi morto. Ele foi enterrado dentro de um caixão, o qual foi envolvido em uma mortalha, conforme informaram os arqueólogos.
De acordo com a fonte, um estudo publicado no ano de 2021 na revista Britannia diz que em torno de 2% a 3% dos enterros em locais romanos são de pessoas decapitadas.
Para Collard, isso leva a crer que a prática pode ter sido usada para separar a alma do corpo ou, até mesmo, impedir que o corpo se levantasse.
Confira mais detalhes sobre a pesquisa por meio deste link;
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