Para produzir novela, Gloria Perez conheceu “deep web”: ‘Nunca estive’

Em 2014, a minissérie ‘Dupla Identidade’ foi ao ar na TV Globo, e, quando realizou as pesquisas iniciais para a produção, Gloria Perez foi apresentada à “deep web” por agentes da Polícia Federal, em Brasília. O termo é usado para representar o submundo da internet.

A “deep web” não pode ser acessada por buscadores do Google, sendo composta por redes anônimas que se tornaram terreno para criminosos e hackers. O assunto é de muito interesse da novelista, que o incluiu na nova novela do horário nobre da emissora, ‘Travessia’, que será exibida a partir de 10 de outubro.

Tenho a maior curiosidade pela deep web, mas nunca estive lá. Sempre tive curiosidade, mas nunca tive coragem de instalar aquilo no meu computador para ver como é. Obviamente, a deep web faz parte da novela, porque é ali que as coisas acontecem de uma forma sub-reptícia", disse Gloria.

Nova produção

Na nova novela da autora, a protagonista vivida por Lucy Alves, Brisa, é alvo de um crime cibernético com uso de uma técnica que permite alterar a voz ou o rosto de uma pessoa em vídeos ou fotos, conhecida como “deepfake”. A notícia falsa que a envolve é de que ela sequestrou crianças, segundo o portal O Globo.

“Não vou focar a novela nesse aspecto ruim da internet. A minha ideia é mostrar como as relações humanas se reconfiguram a partir do avanço tecnológico que a internet nos permite, para nos unir, para conseguirmos algo bacana, para destruir outras pessoas ou até para se juntar em realidades paralelas”, conta a autora.

Isso me interessa muito através do metaverso. A tendência de viver mundos que não são físicos e reagir como se tivéssemos lidando com o real me interessa muito. É isso o que me interessa, tá? Apesar de a protagonista sofrer as consequências da deepfake, não é esse detalhe que quero falar. Esse é o pontapé”.