Fotografia de Awad al-Qarni - Divulgação/ Redes Sociais
Arábia Saudita

Professor pode ser condenado à morte ao usar redes sociais na Arábia Saudita

Awad Al-Qarni enfrenta julgamento no país por compartilhar opiniões contrárias ao governo

Ingredi Brunato Publicado em 16/01/2023, às 13h47

Awad al-Qarni é um professor de direito de 65 anos que está sendo atualmente julgado pela Arábia Saudita por expressar opiniões dissidentes em relação ao governo através de suas redes sociais. 

O homem, que conforme informações repercutidas pelo The Guardian é um acadêmico respeitado, se posiciona de forma favorável à reforma do sistema saudita, que é governado pelo príncipe herdeiro Mohammad bin Salman. 

É esse posicionamento, manifestado por al-Qarni em publicações do Twitter (onde acumulava 2 milhões de seguidores) e mensagens do WhatsApp, que teria lhe colocado na mira da Justiça de sua nação. 

Ele foi preso em 2017, sendo hoje acusado de espalhar informações "hostis" ao governo, com os promotores públicos pedindo pela sentença de morte caso seja considerado culpado. 

Contexto político 

A Arábia Saudita vive atualmente um período de repressão daqueles que não concordam com o príncipe herdeiro, conforme denunciado pelos ativistas dos direitos humanos que fugiram do reino. 

Em 2022, por exemplo, ocorreu a condenação de Salma al-Shehab, uma mãe de dois filhos que foi sentenciada à prisão por uma quantidade de anos equivalente à sua idade (34 anos) por repostar pessoas contrárias ao governo no Twitter. 

notícias Arábia Saudita pena de morte acusações professor universitário

Leia também

Mulher que vive em McDonald's no Leblon lança campanha de arrecadação online


Após 115 anos, navio que desapareceu com 14 tripulantes é identificado nos EUA


Meghan e Harry comemoram aniversário de príncipe Archie com festa íntima


Cresce a cada ano a "porta de entrada para o submundo" na Sibéria


Após 2.300 anos, banheiro de Alexandre, o Grande, é descoberto na Grécia


Volume de chuvas em Porto Alegre deve superar média de maio das últimas três décadas