Na imagem, o parlamento alemão - Imagem de Bastian Wiedenhaupt por Pixabay
Extrema-direita

Rede de extrema-direita que planejava dar golpe de Estado na Alemanha tem conexões no Brasil

Grupo conhecido como União Patriótica é alvo de uma megaoperação na Alemanha

Giovanna Gomes Publicado em 12/12/2022, às 11h51

Uma megaoperação realizada pela polícia alemã revelou, na semana passada, uma rede da extrema direita que planejava dar um golpe de Estado no país.

Conforme informaram as autoridades da Alemanha, o grupo tinha ideias consideradas delirantes por muitos analistas e incluíam, por exemplo, uma invasão do Parlamento, o corte de energia no país e, após a tomada do poder, a realização de uma renegociação das fronteiras alemãs com as potências que se saíram vencedoras após a Segunda Guerra Mundial.

A princípio, 25 pessoas foram detidas e outras 27 foram postas sob investigação, como mencionou a agência RFI. A União Patriótica, como é chamado o grupo, se estendia não apenas por diferentes estados alemães, mas possuía ligações em diversas partes do mundo, até mesmo no Brasil.

No Brasil

Conforme informou a fonte, um dos militares reformados detidos pela polícia alemã tinha o costume de passar férias em Santa Catarina, onde tem duas empresas em funcionamento.

A RFI também ressaltou que outros membros do grupo possuem ligação com o movimento norte-americano QAnon, que está presente em mais de 70 países, incluindo o Brasil.

Por aqui, há ainda a organização Pugnaculum, que se inspira no QAnon. Seus membros são conhecidos por divulgarem na internet publicações favoráveis ao presidente Jair Bolsonaro (PL), além de e-books e artigos destinados aos "patriotas brasileiros".

Perfil dos membros

De acordo com a fonte, os membros da União Patriótica são, em geral, homens de 50 anos ou mais e que defendem ideias antissemitas. Muitos deles manifestam nostalgia em relação ao regime nazista, bem como promovem um culto às armas e, ainda, uma apologia à violência política.

É importante destacar que o movimento ganhou mais força a partir de 2020, quando passou a lutar contra a vacinação e as medidas sanitárias implementadas durante a pandemia da Covid-19. Além disso, seu fortalecimento preocupa as autoridades, uma vez que o grupo está infiltrado em órgãos de Segurança, incluindo as Forças Armadas e a Polícia Federal.

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