A descoberta foi realizada às margens de um reservatório na Sibéria. O corpo era de uma mulher, enterrada com objetos preciosos
Thiago Lincolins Publicado em 22/06/2018, às 13h07 - Atualizado às 16h26
Após uma queda do nível de água na Reserva Natural de Sayano-Shushenski, Sibéria, arqueólogos do Instituto de História da Cultura Material de São Petersburgo foram surpreendidos com o surgimento de um corpo mumificado datado em 2 mil anos. O ótimo estado de conservação instigou os pesquisadores.
Inicialmente, os arqueólogos se depararam com uma estrutura de pedra retangular que se parecia mais com uma sepultura. Ao abri-la, viram o corpo mumificado de uma mulher. “A parte inferior do corpo estava especialmente bem preservada. Não é uma múmia clássica – neste caso, a sepultura foi tampada com uma estrutura de pedra, que permitiu um processo de mumificação natural", diz Natalya Solovieva, vice-diretora do Instituto de História da Cultura Material de São Petersburgo em comunicado.
Os estudos revelaram que a mulher foi enterrada há 2 mil anos. O processo de mumificação natural permitiu que a saia de seda que usava quando foi enterrada e o seus pertences permanecessem intactos com o passar do tempo.
Entre os objetos encontrados na sepultura, estavam: uma caixa redonda feita com casca de vidoeiro – esta guardava um raro espelho chinês – e um cinto com uma fivela de pedras preciosas. Ainda ao lado do corpo, os pesquisadores se depararam com dois vasos. De acordo com os arqueólogos, os objetos eram colocados no túmulo para serem levados na vida após a morte.
O próximo passo do estudo consiste em uma restauração do corpo. Espera-se que o processo resulte em informações sobre a vida da mulher e o tempo em que ela viveu.
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