Dakar, capital do Senegal - Wikimedia Commons
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Senegal: Manifestantes exigem que homossexualidade seja criminalizada

A mobilização se deu na capital do país, Dakar, depois de um projeto de lei ser rejeitado

Paola Orlovas, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 21/02/2022, às 14h52

No último domingo, 20, um grupo de manifestantes se reuniu em Dakar para pedir que a homossexualidade fosse criminalizada dentro do Senegal. A mobilização aconteceu depois que o Parlamento senegalês rejeitou um projeto de lei que reforçaria a repressão contra os homossexuais no país. 

Os protestantes, que seguravam cartazes enquanto caminhavam pelas ruas da capital do Senegal, foram liderados pelo coletivo And Sam Djiko Yi (Juntos Protegemos Nossos Valores). O grupo reuniu membros de mais de 125 associações do país. As informações são da RFI.

Os onze deputados autores do projeto de lei que foi rejeitado pelo Parlamento africano em dezembro fazem parte do And Sam Djiko Yi. A legislação não foi aceita pelo governo, que alegou que o artigo 319 do Código Penal senegalês já pune "atos contra a natureza e de atentado ao pudor", portanto, não precisaria abordar os homossexuais. 

Macky Sall, o presidente senegalês, disse: "Nossa proposta consiste em endurecer a pena. A homossexualidade não existe em nossos valores, nem na nossa fé. A exemplo da poligamia, que é proibida em vários países, aqui proibimos a homossexualidade", diz o imã Pape Birame Sarr, membro do diretório do coletivo.

Hoje, a Constituição do Senegal pune "atos contra a natureza com indivíduos do mesmo sexo" com até cinco anos de prisão e multas de valores equivalentes a mais de 13 mil reais. O projeto de lei africano buscava aumentar a pena para até 10 anos de prisão e multas de até um valor equivalente a 44,5 mil.

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