Fotografia mostrando representantes do Museu de Uganda e do Museu da Universidade de Cambridge avaliando peças - Divulgação/ Universidade de Cambridge
Universidade de Cambridge

Universidade britânica irá devolver artefatos africanos a país de origem

Os objetos, que possuem grande valor artístico e cultural, foram retirados de seu povo no período colonial

Ingredi Brunato Publicado em 12/12/2022, às 12h21

O Museu de Arqueologia e Antropologia da Universidade de Cambridge, localizada no Reino Unido, anunciou recentemente que concordou em fazer a devolução de diversos itens históricos para seu país de origem, Uganda

Os artefatos, que incluem amuletos e trajes tradicionais, possuem grande importância artística e cultural para o povo que o confeccionou. Eles foram retirados do território africano durante o período colonial, em que ele esteve sob domínio britânico. 

A grande quantidade de arte africana que povoa os museus da Inglaterra é alvo de críticas há anos, uma vez que esses objetos históricos foram frequentemente conseguidos através de transações injustas (em que o lado britânico possuía muito mais poder do que aquele com o qual estava negociando) ou então roubo, segundo repercutido pelo DailyMail. 

Fotografia mostrando alguns dos itens que serão devolvidos / Crédito: Divulgação/ Twitter/ @unseen_archive

 

Cortando laços com um passado colonialista

A iniciativa, que será executada em 2023, faz parte de um projeto de repatriação chamado "Reposicionando o Museu de Uganda".

"Queremos colocar esses objetos de volta nas mãos de pessoas que os tornaram significativos. Queremos que eles vivam novamente, não apenas como peças de museu, mas como parte da cultura pública de Uganda", afirmou Derek Peterson, professor e historiador que lidera o esforço de compensação histórica.

Esses objetos foram deslocados tanto no espaço quanto no tempo. Os colecionadores da era colonial os tiraram das mãos dos ugandenses e os transformaram em espécimes de identidade étnica. Queremos colocá-los de volta nas mãos das pessoas que os tornaram significativos, para abrir diálogos sobre o curso futuro de famílias, clãs e profissões", concluiu, ainda de acordo com o veículo.
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