Acúmulos de neve cobriram casas de três andares. Mais de 400 pessoas morreram
Letícia Yazbek Publicado em 11/03/2019, às 07h00 - Atualizado às 11h19
O dia era 11 de março de 1888. As temperaturas caíam rapidamente, transformando chuvas fortes em neve. O que ninguém imaginava é que o fenômeno seria tão devastador que viria a se tornar uma das maiores tempestades de neve da história dos Estados Unidos.
Por volta de meia-noite do dia 12 de março, enormes quantidades de neve, temperaturas muito baixas e ventos uivantes já paralisavam a costa leste do país, da Nova Inglaterra até a Baía de Chesapeake, passando por grandes áreas metropolitanas, como Nova Jersey, Nova York, Massachusetts e Connecticut.
A camada de neve atingiu marcas de 102 centímetros a 127 centímetros de espessura, e os ventos chegaram à velocidade de 129 quilômetros por hora, formando acúmulos de neve de até 15 metros de altura, que chegaram a cobrir casas de três andares.
A nevasca terminou dois dias depois, mas a população levou mais de uma semana para sair de casa e voltar à rotina. Estradas e rodovias foram bloqueadas, o serviço de trem parou de funcionar, bondes puxados por cavalos cancelaram suas operações e os navios ancorados nos portos não saíram. Em Nova York, uma locomotiva descarrilou durante a tentativa de empurrar montes de neve para fora dos trilhos, e muitos viajantes ficaram presos em carros sem aquecimento. Além disso, o derretimento da neve causou graves inundações, principalmente no bairro do Brooklyn, Nova York.
O sistema de telégrafos também parou de funcionar, isolando grandes cidades do Nordeste dos Estados Unidos da capital do país.
Mais de 400 pessoas morreram durante a tempestade, e cerca de 200 navios afundaram ou foram destruídos, provocando a morte de pelo menos 100 marinheiros.
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