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Notícias / Roger Waters

Acusações de antissemitismo: Judeus protestam show de Roger Waters na Alemanha

Ex-vocalista de Pink Floyd se envolveu em uma série de polêmicas recentemente; entenda!

Redação Publicado em 30/05/2023, às 14h13

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Roger Waters durante apresentação na Alemanha - Getty Images / Divulgação / Twitter
Roger Waters durante apresentação na Alemanha - Getty Images / Divulgação / Twitter

Na semana passada, o músico britânico Roger Waters, que foi vocalista e co-fundador da famosa banda Pink Floyd, se tornou alvo de uma investigação por parte da polícia alemã devido ao uso de uma vestimenta controversa em um show realizado no último dia 17 de maio. 

A roupa em si era inspirada no uniforme da milícia nazista liderada por Hitler, incluindo um sobretudo preto e uma braçadeira vermelha com um símbolo semelhante à suástica. Além disso, Waters empunhava um fuzil de mentira durante a performance. 

Essa fantasia alarmou as autoridades da Alemanha, que passaram a investigar o cantor por suspeita de "incitação ao ódio". 

Estamos investigando uma suspeita de incitação ao ódio público porque as roupas usadas no palco podem ser utilizadas para glorificar ou justificar o regime nazista, perturbando a ordem pública (...) As roupas lembram o uniforme de um oficial da SS", explicou Martin Halweg, porta-voz do departamento policial de Berlim, em uma declaração à AFP. 

Além do órgão oficial, as ações de Waters chamaram a atenção de grupos judaicos, que acusam o artista de comportamento antissemita e chegaram a organizar um protesto na frente de um dos locais aonde ele iria performar no último domingo, 28. 

"Suas palavras e imagens espalham o ódio aos judeus e fazem parte de uma tendência: normalizar o ódio a Israel sob a proteção da liberdade de expressão ou arte", apontou Elio Adler, líder da WerteInitiative, uma organização não governamental que busca proteger a comunidade judaica dentro da Alemanha, conforme repercutiu o The Guardian.

A resposta do vocalista 

Roger Waters se defendeu das acusações através de uma nota divulgada em sua conta do Twitter no último final de semana, alegando que, na verdade, o trecho polêmico de sua apresentação constituía uma crítica antifascista. 

A representação de um demagogo fascista desequilibrado tem sido uma característica dos meus shows desde 'The Wall' do Pink Floyd em 1980", explicou ele. 

"Os elementos de minha performance que foram questionados são claramente uma declaração em oposição ao fascismo, injustiça e fanatismo em todas as suas formas. As tentativas de retratar esses elementos como algo diferente são dissimuladas e politicamente motivadas", afirmou o artista, acrescentando ainda que os ataques que recebeu seriam "de má-fé" e uma tentativa de "silenciá-lo".