Crianças teriam sofrido uma série de torturas, incluindo ter fraldas sujas esfregadas em seus rostos
Um casal que possuía um berçário e um hotel infantil em Sorriso (MT) foi indiciado por suspeita de uma série de crimes que teriam sido cometidos contra várias crianças. A Polícia Civil prendeu preventivamente os donos do estabelecimento e agora os investiga por ameaça, maus-tratos, tortura e omissão contra pelo menos oito crianças com idade entre zero e cinco anos.
Os investigadores descobriram que as crianças foram submetidas a diversos tipos de castigos, incluindo ter suas fraldas sujas de fezes esfregadas em seus rostos como forma de punição por defecarem. Além disso, uma criança autista teria sido obrigada a comer areia, enquanto que outras foram imobilizadas e sufocadas.
Ex-funcionários ainda denunciaram tapas, mordidas, puxões, golpes com raquetes, empurrões, beliscões e mordidas aplicados às crianças. Algumas das vítimas, inclusive, teriam sido presas em um quarto por horas devido ao "mau comportamento".
Como destacou o portal de notícias UOL, quando os pais questionavam as marcas nos corpos de seus filhos, o casal culpava outras crianças.
De acordo com a fonte, os ex-funcionários tinham receio de denunciar os crimes devido à falta de provas e também eram ameaçados pelos donos do estabelecimento, que proibiam o uso de aparelhos eletrônicos.
A polícia realizou uma escuta especializada com seis crianças que sofreram os maus-tratos no berçário, e 17 pais e responsáveis pelas vítimas prestaram depoimentos.
Outros pais também têm procurado as autoridades para denunciar o estabelecimento. O berçário atendia crianças com idades entre zero e cinco anos no centro de Sorriso e cobrava até R$ 948,00 por criança.
