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Notícias / Vírus

Análises revelam que vírus congelados há 48 mil anos na Rússia ainda podem infectar amebas

Os pesquisadores identificaram 13 microrganismos que ainda podem se proliferar

Isabelly de Lima, sob supervisão de Giovanna Gomes Publicado em 10/03/2023, às 15h57

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Imagem ilustrativa de vírus - Foto de PublicDomainPictures, por Pixabay
Imagem ilustrativa de vírus - Foto de PublicDomainPictures, por Pixabay

Cepas de vírus congelados há 48 mil anos, no permafrost da Sibéria, são capazes de infectar amebas unicelulares vivas até hoje. A descoberta foi relatada em fevereiro, na revista Viruses.

De acordo com o estudo, 13 novosvírus isolados foram identificados, de 7 diferentes amostras antigas de permafrost, em localizações como a península de Kamchatka, na Rússia, e no Rio Lena. As chances de animais ou humanos serem infectados pelos vírus não são claros, mas os microrganismos podem ser ameaças à saúde pública.

Os vírus pertencem a cinco clados diferentes que infectam protozoários Acanthamoeba, e 7 dos 13 vírus foram considerados novos membros da família Pandoraviridae. Os cientistas escreveram no estudo:

Observadas ao microscópio de luz durante a fase inicial do processo de isolamento, sua proliferação em culturas de Acanthamoeba gerou populações não homogêneas de grandes partículas ovoides (até 1 micrômetro de comprimento e 0,5 micrômetro de diâmetro)”.

Idade das amostras

De acordo com informações da Galileu, a cepa mais antiga entre os vírus data de 48,5 mil anos, e veio de uma amostra de solo de um lago subterrâneo, já as mais novas tinham 27 mil anos. Uma curiosidade é que uma das amostras foi descoberta em pelo de um mamute-lanoso.

Os pesquisadores afirmam que bilhões de anos de distância evolutiva separam os vírus infecciosos do permafrostpré-histórico dos seres humanos e outros mamíferos. Eles também acreditam que os resultados podem ser aplicados para muitos outros vírus de DNA capazes de infectar humanos ou animais.

Além disso tudo, ainda é provável que o permafrost com mais de 50 mil anos, possa liberar esses vírus desconhecidos após o descongelamento, mas o tempo que permanecem infecciosos ainda não foi estimado.