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Notícias / Alemanha

Assessor de político da extrema-direita alemã é acusado de espionagem para a China

Jian G., assessor de membro da Alternativa para a Alemanha, que concorrerá aos parlamento europeu, foi preso por suspeita de espionagem

Fabio Previdelli

por Fabio Previdelli

fprevidelli_colab@caras.com.br

Publicado em 23/04/2024, às 10h26

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Imagem ilustrativa de um espião - Getty Images
Imagem ilustrativa de um espião - Getty Images

Na Alemanha, o assessor de um importante membro político do partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) foi preso, sob acusação de ser um espião que trabalha para a China. 

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Identificado pelos promotores como Jian G., o sujeito foi acusado de "um caso especialmente grave" de espionagem, sendo preso nas primeiras horas desta terça-feira, 23, conforme repercute o The Guardian. 

A detenção aconteceu dias após três cidadãos alemães serem acusados de espionagem industrial para a China. Os casos, porém, não possuem ligação entre si. 

Serviço de espionagem

Jian G. era funcionário de Maximilian Krah, o principal candidato da AfD nas eleições parlamentares europeias no início de junho. Em comunicado, divulgado hoje, Krah disse que soube da prisão de seu funcionário através da imprensa. 

"Não tenho mais informações", apontou. O político ainda acrescentou que "a atividade de espionagem para um Estado estrangeiro é uma alegação grave" que, se comprovada, levaria à demissão imediata do funcionário. 

Conforme aponta o Guardian, a detenção de Jian, em Dresden, aconteceu apenas uma semana depois do chanceler alemão Olaf Scholz ter visitado a China para tratar de questões econômicas bilaterais e discutir o apoio político e logístico de Pequim à Rússia na sua guerra contra a Ucrânia.

Segundo a promotoria, o suposto espião tem 43 anos e dupla cidadania: alemão e chinês. Acredita-se que ele faça o trabalho de espionagem há anos. Jian é acusado de espionar, em particular, figuras da oposição chinesa que vivem no exílio na Alemanha, se passando por um dissidente e transmitido a informação a um oficial de ligação.

Ele é acusado de um caso especialmente grave de trabalhar para um serviço secreto estrangeiro", disseram os promotores em comunicado divulgado à mídia alemã.

Sabe-se também que o homem ofereceu seus serviços às autoridades de inteligência alemãs há cerca de uma década. Entretanto, acabou sendo recusado sob suspeita de que faria isso apenas para servir como agente duplo, alegou a promotoria. 

Jian G. foi para a Alemanha como estudante, trabalhando, mais tarde, como empresário, inclusive para uma empresa de painéis solares e um comerciante de LED. Ele se tornou assistente de Krah em Bruxelas, quando o político virou membro do parlamento europeu em 2019. Posteriormente, o acompanhou em uma viagem à China — acredita-se que Jian já estava trabalhando como espião neste momento.