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Notícias / Arqueologia

Carga de cobre da Idade do Bronze é descoberta na Turquia

Datada de cerca do século 17 a.C., carga de cobre afundou no que é possivelmente o naufrágio mais antigo conhecido de transporte de cobre

Éric Moreira Publicado em 19/02/2024, às 09h35

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Mergulhador fazendo buscas em zona de naufrágio na costa da Turquia - Divulgação/Universidade Nicolaus Copernicus em Toruń/Mateusz Popek
Mergulhador fazendo buscas em zona de naufrágio na costa da Turquia - Divulgação/Universidade Nicolaus Copernicus em Toruń/Mateusz Popek

Na costa da Turquia, em meio ao Mar Mediterrâneo, o local em que foi encontrado um navio afundado da Idade do Bronze foi investigado por arqueólogos subaquáticos. Datado de entre os séculos 16 e 17 a.C., segundo o site estatal polonês Nauka W Polsce, este é provavelmente o naufrágio mais antigo transportando barras de cobre de todo o mundo.

Divulgada no dia 8 de fevereiro, a descoberta foi feita por especialistas da Universidade Nicolaus Copernicus, em Toruń, na Polônia, que também pontuaram que não sobrou nada do naufrágio além das barras de cobre. Vale mencionar que, no passado, este metal era extremamente importante para o comércio, sendo necessário para a produção de bronze.

A idade desta descoberta é impressionante. Se não for o mais antigo, é um dos naufrágios mais antigos", declara Andrzej Pydyn, professor do Centro de Arqueologia Subaquática da Universidade Nicolaus Copernicus envolvido na descoberta, em comunicado. "Isso confirma uma escala muito precoce de comércio de cobre. Acredito que análises adicionais possam aumentar ainda mais o valor desta descoberta."

A partir da disposição das barras de cobre no fundo do mar, os pesquisadores concluíram que o naufrágio ocorreu após um desastre marítimo. "O navio deve ter sido empurrado para as rochas e afundou bastante rapidamente. Era pesado e, no momento em que o casco foi danificado, afundou rápido, e a carga escorregou pela encosta, que é muito íngreme neste ponto", acrescenta Pydyn.

De acordo com a Revista Galileu, aproximadamente 30 barras de cobre com 20 quilogramas cada foram recuperadas até o momento, e a extração dos metais deve levar de dois a três anos. Além disso, também foi feita uma documentação do local do naufrágio, a realização de modelos 3D do fundo do mar e dos itens descobertos, o que possibilitou identificar sua idade aproximada.

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Outros naufrágios?

Na antiguidade, o povo que controlou a navegação e comércio na parte oriental do Mar Mediterrâneo no fim da Idade do Bronze foram os micênicos. "No entanto, nosso navio deve ter navegado nos tempos em que a cultura minoica ainda dominava", supõe Andrzej Pydyn.

Por isso, os arqueólogos envolvidos no projeto acreditam que ainda possam ser encontrados mais naufrágios da Idade do Bronze nos locais estudados, considerando-se a importância do comércio de cobre na região.

Nesse período, o minério de cobre era extraído apenas em alguns lugares ao redor do Mar Mediterrâneo, e a demanda por cobre era enorme", explica Pydyn, ao que menciona a necessidade pelo metal por parte de outras civilizações em desenvolvimento, como a micênica, minoica e a egípcia. "Portanto, a escala de contatos era muito grande, e quanto mais navios navegavam, mais afundavam."