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Notícias / Arqueologia

Cientistas criam IA que traduz escrita cuneiforme

Textos escritos na língua mais antiga do mundo poderão ser traduzidos com agilidade graças à tecnologia

Ingredi Brunato Publicado em 04/05/2023, às 19h57

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Tablete de argila assírio com escrita cuneiforme - Divulgação/ MET/ Domínio Público
Tablete de argila assírio com escrita cuneiforme - Divulgação/ MET/ Domínio Público

Falada pelos povos da Babilônia e do Império Assírio, a linguagem acádia é considerada a mais antiga da História, e nós até já sabemos traduzi-la para os idiomas atuais, mas é um processo longo e trabalhoso, e não existem muitas pessoas ao redor do mundo que são fluentes nessa língua do passado.

Recentemente, todavia, uma equipe de assiriologistas (especialistas no estudo da civilização assíria) da Universidade de Tel Aviv, localizada em Israel, decidiram treinar uma IA (inteligência artificial) para fazer a tradução de textos acádios escritos em cuneiforme. 

A escrita cuneiforme, que era utilizada por mais de uma linguagem diferente da Mesopotâmia, utilizava instrumentos em forma de cunha para gravar símbolos em argila.

Foi com este método que foram produzidos os primeiros textos já criados pela humanidade, e, segundo informações do The Jerusalem Post, a arqueologia já foi capaz de recuperar "centenas de milhares" de tábuas com inscrições cuneiformes.

Na verdade, temos muito mais artefatos do que os pesquisadores dão conta de traduzir — e é aí que entra a IA desenvolvida pelos cientistas israelenses. 

Tecnologia e História 

Através da moderna tecnologia de aprendizado de máquina ("machine learning", em inglês), os estudiosos da Universidade de Tel Aviv elaboraram uma ferramenta capaz de decodificar escritos em acádio com muito mais agilidade que um humano conseguiria. 

A inteligência artificial, vale mencionar, não é infalível: por vezes, ela "alucinou" informações, isso é, realizou traduções que, embora tenham gerado frases gramaticamente corretas, não faziam sentido.

Assim, a proposta é que a tecnologia seja usada não para substituir a tradução feita pelos assiriologistas, mas para auxiliá-los neste trabalho, com os textos fornecidos pela IA precisando necessariamente passar pela revisão de humanos. Em outras palavras, uma "colaboração homem-máquina", segundo descrito pelos responsáveis pela pesquisa.