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Notícias / Arqueologia

Criança 'vampira': Enterro do século 17 surpreende pesquisadores na Polônia

Escavação revelou os restos mortais de uma criança com um cadeado prendendo os pés; entenda!

Ingredi Brunato Publicado em 07/08/2023, às 14h53 - Atualizado em 08/08/2023, às 13h18

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Fotografia do local de escavação - Divulgação/ Universidade Nicolau Copérnico
Fotografia do local de escavação - Divulgação/ Universidade Nicolau Copérnico

Em Pién, na Polônia, uma equipe de arqueólogos descobriu uma sepultura do século 17 contendo os restos mortais de uma criança entre 5 e 7 anos de vida que foi enterrada de bruços e com um cadeado triangular ao redor dos tornozelos. 

Esses curiosos elementos — a posição inusual do corpo e a presença do objeto prendendo seus pés —, configuram um ritual funerário que indica que as pessoas da época acreditavam que o menino poderia ser uma ameaça aos vivos.

Fotografias do cadeado / Crédito: Divulgação/ Universidade Nicolau Copérnico/ Projekt Pien

O cadeado, em tal contexto, serviria para impedi-lo de levantar de seu túmulo, sendo conhecido como "anti-vampiro". Conforme informações do portal The First News, esse é o primeiro enterro de criança já descoberto na Europa a apresentar essas características.  

O cadeado sob o pé simboliza o encerramento de uma etapa da vida e serve para proteger contra o retorno do falecido, que provavelmente era temido", explicou Dariusz Poliński, professor que participou da descoberta. 

"Vampiro"

Ainda segundo o pesquisador, os indivíduos enterrados dessa forma curiosa no início do século 17 não eram necessariamente tidos como vampiros por seus contemporâneos, uma vez que essa criatura mitológica foi imaginada apenas mais tarde, com a palavra simplesmente sendo usada para indicar que aquelas pessoas eram temidas de alguma forma. 

"Tais práticas se originaram em crenças populares e às vezes são descritas como anti-vampíricas, o que não é totalmente preciso, uma vez que o conceito de vampiro apareceu historicamente depois de datarmos os enterros em Pień", observou Poliński