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Notícias / Argentina

Ditadura argentina: Itália aceita extraditar acusado de crimes contra humanidade

Ex-capelão militar, Franco Reverberi Boschi é acusado de sequestros, torturas e de participar do homicídio de um militante peronista

Fabio Previdelli

por Fabio Previdelli

fprevidelli_colab@caras.com.br

Publicado em 11/07/2023, às 10h57

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Protestos contra os crimes cometidos durante a Ditadura na Argentina - Abuelas de Plaza de Mayo
Protestos contra os crimes cometidos durante a Ditadura na Argentina - Abuelas de Plaza de Mayo

O governo italiano decidiu acatar o pedido da Secretaria dos Direitos Humanos da Argentina para extraditar Franco Reverberi Boschi. Ex-capelão militar, acusado de ter cometido crimes contra a humanidade durante a ditadura militar argentina — entre 1976 e 1983 —, Reverberi poderá ser julgado em sua terra natal.

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A Corte de Apelação de Bolonha aceitou o pedido de extradição do ex-capelão, mas a medida ainda não é definitiva, visto que o sujeito poderá recorrer à Corte Constitucional, conforme informado por Roberto Carlés, embaixador da Argentina na Itália.

A acusação

Segundo a agência ANSA, Franco Reverberi Boschi era capelão auxiliar da 8ª Esquadra de Exploração Alpina de San Rafael, em Mendoza. O ítalo-argentino é acusado de ter cometido crimes em La Departamental; centro de detenção clandestino.

Ele deixou a Argentina em 2011, quando o país iniciava o processo de julgamentos contra agentes da ditadura por crimes contra a humanidade. À época, depoimentos de torturados e familiares de vítimas explanaram o nome de Reverberi.

O primeiro pedido para extradição do ex-capelão se deu em 2013, sendo rejeitado pelo governo italiano, devido à acusação ser exclusiva de casos de tortura — crime imprescritível no país.

Entretanto, como novos depoimentos apontaram que Franco também participou de sequestros, torturas e também teve participação no homicídio do militante peronista José Berón, o governo italiano decidiu acatar o pedido argentino.