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Notícias / Enterros

Enterros da elite romana são descobertos por arqueólogos na antiga Tarquinia

Dezenas de esqueletos datados dos séculos 2 a 4 d.C. foram encontrados recentemente em Tarquinia, na província italiana de Viterbo

por Giovanna Gomes

ggomes@caras.com.br

Publicado em 08/01/2024, às 08h29

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Esqueletos foram encontrados na região da Tarquinia - Divulgação/Superintendência de Arqueologia, Belas Artes, Paisagem da Etrúria Meridional
Esqueletos foram encontrados na região da Tarquinia - Divulgação/Superintendência de Arqueologia, Belas Artes, Paisagem da Etrúria Meridional

Tarquinia, situada na província de Viterbo, Itália Central, foi uma cidade etrusca (Tarchuna) e romana (Tarquinii). No período romano, transformou-se em um crucial centro comercial para a exportação de vinho e coral em toda a República Romana, alcançando, posteriormente, o status de colônia.

Recentes escavações revelaram mais de 67 esqueletos datados dos séculos 2 a 4 d.C. dentro de uma necrópole romana. Segundo os arqueólogos, essa necrópole era destinada ao sepultamento da elite romana, como evidenciado pela descoberta de diversos objetos funerários de alto status.

De acordo com o portal de notícias Heritage Daily, a maioria das sepulturas parece ser destinada a enterros coletivos, possivelmente para vários membros da mesma família.

Os esqueletos, muitos ornamentados com joias de ouro e calçados de couro refinados, estão enterrados em túmulos decorados que imitam os estilos arquitetônicos das residências.

Os arqueólogos especulam que os ocupantes dessas tumbas buscavam replicar suas casas em seus locais de descanso finais, indicado pelos luxuosos adornos.

Artefatos encontrados

Além disso, durante as escavações, foram descobertos anéis de prata decorados com âmbar e gravados com iniciais, amuletos incrustados com pedras preciosas, uma diversidade de cerâmica de terracota, várias moedas romanas, objetos de vidro polido e, surpreendentemente, tecidos preservados.

Como destaca o arqueólogo Emanuele Giannini, os restos esqueléticos não apresentam sinais de trabalho físico ou estresse, sugerindo que pertenciam a famílias romanas prósperas de áreas urbanas privilegiadas.

A notável preservação dessas descobertas arqueológicas é atribuída à presença de substanciais rochas calcárias que emergem do solo, tornando a área inadequada para atividades agrícolas. Giannini observa que essa região permaneceu praticamente inalterada por séculos.