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Notícias / Yanomami

Estudo aponta de déficit cognitivo em mulheres Yanomami que vivem próximas a garimpo

Cerca de 40% das mulheres Yanomami que participaram de estudo da Fiocruz apresentaram déficit cognitivo provocado por contaminação por mercúrio

por Giovanna Gomes

ggomes@caras.com.br

Publicado em 05/04/2024, às 08h34

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Casa tradicional Yanomami - Getty Images
Casa tradicional Yanomami - Getty Images

Um novo estudo conduzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pelo Instituto Socioambiental (ISA) revelou que mulheres Yanomami de comunidades indígenas próximas a áreas de garimpo ilegal são as mais afetadas pelo déficit cognitivo causado pela contaminação com mercúrio. Os resultados foram divulgados nesta quinta-feira, 4.

A pesquisa envolveu 154 indígenas, dos quais 87 eram mulheres e 67 homens, com idade igual ou superior a 11 anos. Segundo informações do portal G1, eles passaram por consultas neurológicas para avaliar as consequências da exposição ao mercúrio, utilizado na extração ilegal de minério na Terra Indígena Yanomami.

Os dados revelaram que 40,2% das mulheres examinadas apresentaram alterações cognitivas, como comprometimento dos reflexos profundos, sensibilidade tátil e força, em comparação com 20,9% dos homens.

O garimpo e o mercúrio

O mercúrio é utilizado pelos garimpeiros para separar o ouro de outros sedimentos, sendo altamente tóxico para os seres humanos. Após o uso, é despejado nos rios, resultando em poluição ambiental e afetando diretamente a saúde das populações locais, especialmente os povos tradicionais.

A presença do mercúrio na cadeia alimentar dos animais resulta em graves problemas de saúde, principalmente relacionados ao sistema nervoso, devido à sua capacidade de bioacumulação. A contaminação com mercúrio pode levar a sérias alterações no Sistema Nervoso Central, como apontado neste estudo.