EUA: Em audiência sobre OVNIs, testemunha afirma que material 'não humano' foi identificado

Na última quarta-feira, 26, o Capitólio dos Estados Unidos sediou uma audiência para esclarecer as aparições de OVNIs (objetos voadores não identificados) em território americano. A reunião contou com congressistas e ex-militares que alegam ter relatos de objetos voadores não identificados. 

Entre as testemunhas, o nome de David Grusch, ex-membro da inteligência da Força Aérea, chamou atenção de internautas. Ele assegura que o Pentágono possui partes de espaçonaves alienígenas. Também estiveram presentes David Fravor, ex-Comandante da Marinha; e um ex-piloto da Marinha, Ryan Graves. 

O objetivo da primeira, em uma série de reuniões, é forçar o Pentágono, sede do Departamento de Defesa do país, a compartilhar informações confidenciais. O presidente do subcomitê responsável pela audiência, Glenn Grothman, explicou que a reunião visa acabar com “a especulação desenfreada sobre a natureza dos OVNIs, que não beneficia ninguém, com base em fatos".

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Depoimentos

Durante a audiência a respeito dos "fenômenos aéreos não identificados", nomenclatura preferida pelas autoridades americanas, a primeira testemunha chamada para o palanque foi Ryan Graves, que iniciou seu depoimento com afirmações que repercutiram nas redes sociais:

Enquanto falamos, nosso céu está cheio de OVNIs, cuja existência é subnotificada. Os avistamentos não são raros, nem isolados. Eles são a rotina. O estigma de OVNIs é real e representa um poderoso desafio para a segurança nacional.”, disse o ex-piloto. 

Conforme repercutido pelo portal O Globo, Graves continuou sua declaração explicando que a primeira aparição se deu em 2014, quando pilotava um F-18, na região de Virginia Beach: 

Um cubo cinza-escuro ou preto dentro de uma esfera transparente que se aproximava de 15 metros do avião. Estimamos que tinha uns três metros de diâmetro. Esses encontros se tornaram tão frequentes que discutimos o risco de encontrar um OVNI como parte da preparação do voo.” concluiu Graves. 

Mais testemunhos

A segunda testemunha, David Grusch, que atuava como agente de Inteligência, declarou que elementos biológicos não-humanos foram encontrados em UAPs (fenômenos aéreos não identificados, em tradução livre): 

Não humano, e essa foi a avaliação de pessoas com conhecimento direto sobre o programa com quem conversei.”, disse Grusch. 

Gruch ainda esclareceu o que motivou o seu depoimento, segundo o ex-agente, foi um ideal de “verdade e transparência” com seus colegas de trabalho, que afirmaram que o Governo mantém esse assunto em segredo do Congresso. 

Robert Garcia, um dos encarregados do comitê, questionou Grusch, ao perguntar se ele acreditava que o governo americano possuía OVNIs e se ele sabia onde elas estavam, no que o ex-agente respondeu:

Absolutamente, sim, 40 testemunhas confirmaram isso para mim ao longo de quatro anos. Eu sei [onde elas podem estar] e denunciei às autoridades competentes.”, afirmou Grusch.

Avistamentos

A terceira testemunha foi o ex-Comandante da Marinha, David Fravor, que relembrou  um treinamento no litoral de San Diego em 2004. Durante uma série de atividades como piloto de caça, Fravor teria sido notificado da suspensão do treinamento em razão da presença de objetos no ar, e que os mesmos estava aparecendo havia semanas. 

Fravor também afirmou que avistou algo branco "se movendo muito abruptamente na água, como uma bola de pingue-pongue": 

Não sou fã de OVNIs, mas vou lhe dizer que o que vi em um período de cinco minutos é algo que nunca, antes ou depois, vi. Era uma tecnologia incrível, [fora] do “alcance de qualquer país da face da Terra", concluiu o ex-comandante. 

Busca por respostas

A audiência desta quarta-feira, 26, foi a terceira realizada no Congresso americano a respeito dos "fenômenos aéreos não identificados". Em uma reunião anterior, realizada no mês de abril, Sean Kirkpatrick, encarregado da repartição que lida com os fenômenos, esclareceu que o governo estadunidense está analisando ao menos 650 aparições de ONVIs: 

Desses, priorizamos cerca de metade deles como tendo um valor anômalo e interessante, e agora temos que olhar para eles e nos perguntar: quantos parecem ser verdadeiros?”, disse o diretor.