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Notícias / Chacina de Sinop

Filho de falecido na chacina em Sinop diz que pai e outras vítimas 'não tinham nada a ver'

Cícero Dias, filho adotivo de Josué Ramos Tenório, também contou que o pai apenas tinha parado para assistir partida de sinuca

Redação Publicado em 23/02/2023, às 13h41 - Atualizado às 14h37

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Cena de vídeo de câmera de segurança de bar em Sinop, e Josué Ramos Tenório, uma das vítimas - Reprodução/Vídeo / Reprodução/Redes Sociais
Cena de vídeo de câmera de segurança de bar em Sinop, e Josué Ramos Tenório, uma das vítimas - Reprodução/Vídeo / Reprodução/Redes Sociais

Na última terça-feira, 21, uma calamidade na cidade de Sinop, no Mato Grosso, chamou atenção nas grandes mídias. Frequentemente referida como 'chacina de Sinop', o caso consistiu em um tiroteio realizado por dois homens em um bar. Eles mataram sete pessoas, com idades variando entre 12 e 48 anos, depois de uma derrota em partida de sinuca valendo dinheiro.

Entre as vítimas, se encontrava Josué Ramos Tenório, de 48 anos, um empresário natural de Fátima do Sul (MS) que vivia em Rondonópolis, no Mato Grosso, onde trabalhava com venda de morangos, e ocasionalmente visitava Sinop a trabalho. Ele deixou a esposa e quatro filhos com sua morte, sendo dois deles adotados.

Cícero Dias, um desses filhos, contou em entrevista ao g1 que o pai nada tinha a ver com a discussão inicial ou o jogo, ele só parou no estabelecimento para assistir à partida, que foi infelizmente o momento em que Edgar Ricardo de Oliveira, de 30 anos, e Ezequias Souza Ribeiro, de 27, o mataram.

Ele e outras pessoas não tinham nada a ver. Foi uma crueldade, uma situação desumana. Nem caiu a ficha ainda. É um monstro quem faz um negócio desse", contou Cícero.

O jovem ainda conta que assistir aos jogos no bar era um dos lazeres de seu pai: "Ele sempre ia ao bar, gostava de assistir, acompanhar o pessoal jogar. Ele nem estava jogando, estava assistindo. Nossa família está arrasada, todos sem entender."

Era uma pessoa boa. Tudo que sei no trabalho hoje, aprendi com ele. A família espera por justiça. Que a polícia consiga localizá-los e que eles paguem pelo que fizeram", acrescenta Cícero Dias em entrevista ao g1.
Josué Ramos Tenório, uma das vítimas da chacina em bar na cidade de Sinop, no Mato Grosso
Josué Ramos Tenório, uma das vítimas da chacina em bar na cidade de Sinop, no Mato Grosso / Crédito: Reprodução/Redes Sociais

O caso

O crime foi inteiramente registrado pelas câmeras de segurança do estabelecimento de Maciel Bruno de Andrade Costa, dono do bar que também foi vitimado pela chacina. Conforme explica o g1, tudo começou com a derrota de Edgar e Ezequias em partidas de sinuca envolvendo uma aposta em dinheiro — segundo a fonte, o valor apostado fora R$ 4 mil.

Após a derrota, os dois homens se retiraram do bar, mas, horas depois, retornaram armados com uma pistola 380 e uma espingarda calibre 12. No local, dispararam contra diversas pessoas, culminando na morte de 6 homens — entre eles, Getulio Rodrigues Frazão Junior, que venceu as partidas de sinuca — e ainda uma adolescente de 12 anos, Larissa Frazão de Almeida, filha de Getulio, no local. 

Na última quarta-feira, 22, um dos suspeitos de participar da chacina, Ezequias Souza Ribeiro, teria entrado em confronto com autoridades do Bope e acabou sendo atingido por um tiro, sendo até mesmo levado ao Hospital Regional, mas não resistiu e morreu. Já na manhã desta quinta-feira, 23, o advogado Edgar Ricardo de Oliveirase entregou para a polícia, e segue detido.