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Notícias / Brasil

Fotos de Sebastião Salgado voltam à sede da Funai após serem removidas no governo Bolsonaro

As obras do fotógrafo eram avaliadas em R$ 1 milhão, e foram devolvidas ao artista em 2020 por causa de suas críticas à política indigenista de Bolsonaro

Redação Publicado em 04/04/2023, às 17h51

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Sebastião Salgado na prévia para a imprensa de sua exposição "Amazônia" em Los Angeles - Mario Tama/Getty Images
Sebastião Salgado na prévia para a imprensa de sua exposição "Amazônia" em Los Angeles - Mario Tama/Getty Images

O fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado é um dos artistas da fotografia mais conhecidos do mundo. Alguns quadros de suas fotos decoravam a sede da Fundação Nacional dos Povos Indígenas, a Funai, até que eles foram devolvidosSalgado durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL). Agora, as fotografias estão voltando à sede do órgão.

A remoção e devolução dos quadros para Salgado aconteceram em 2020, quando o fotógrafo criticou a política indigenista de Bolsonaro no contexto da pandemia de Covid-19. Segundo a coluna de Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo, essa foi a razão do presidente da Funai à época, Marcelo Xavier, devolver 15 fotos para seu criador.

Os 15 quadros de fotografias de Salgado estavam espalhados por diversas salas pela sede da Funai, que fica em Brasília, no Distrito Federal. 

Devolução?

Quando foram devolvidas, as fotos ficaram sob o cuidado do Ministério Público Federal. Esses quadros de Sebastião Salgado são avaliados em quase R$ 1 milhão. As obras vêm de um trabalho feito pelo fotógrafo em parceria com a Funai, em 2017, junto do povo indígena korubo, do Vale do Javari, no Amazonas.

Os quadros devem voltar às paredes da sede da fundação durante as comemorações do Abril Indígena, data especial organizada pela Funai e que vai contar com diversas ações pelos povos originários ao longo do mês.

"Devemos esta reparação aos povos indígenas, ao Sebastião Salgado e ao Estado brasileiro, tendo em vista que as obras haviam sido doadas à Funai no passado e integram, portanto, o patrimônio público. Esta é uma entre tantas decisões descabidas e lamentáveis tomadas nos últimos quatro anos e que estão sendo revistas pela Funai", diz Joenia Wapichania, atual presidente da Funai, em uma nota reproduzida pela coluna da Mônica Bergamo na Folha.