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Notícias / Itália

Governo italiano pede que cidade de Milão não registre filhos de casais LGBT+

Governo de extrema-direita de Giorgia Meloni pediu à Câmara Municipal de MIlão não registrar filhos de casais homoafetivos

Redação Publicado em 15/03/2023, às 14h12

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A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, falando em uma conferência de imprensa em Berlim - Getty Images
A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, falando em uma conferência de imprensa em Berlim - Getty Images

O governo federal da Itália pediu à Câmara Municipal de Milão que pare de registrar filhos de casais homoafetivos, ou seja, do mesmo sexo. Apesar de as uniões civis entre pessoas do mesmo sexo terem sido legalizadas em 2016, o país não garante direitos de adoção à população LGBTQIA+.

Essa situação traz de volta à tona o debate sobre a agenda de governo da primeira-ministraGiorgia Meloni, que ocupa o cargo desde 2022, conhecida por seus ideais conservadores.

Mesmo com a legalização das uniões civis homoafetivas na Itália, o país ainda não providencia direitos de adoção para casais do mesmo sexo, já que parte da oposição teme que isso encoraje a prática de barriga de aluguel, ilegal em terras italianas segundo informações do UOL.

Legislação

Já que não há leis claras sobre o assunto, certos tribunais da Itália decidiram favoravelmente a permitir que casais homoafetivos adotem os filhos uns dos outros, e cidades como Milão foram além, com prefeitos permitindo o registro de barrigas de aluguel para casais do mesmo sexo.

Giuseppe Sala é o prefeito de Milão, que disse ter recebido uma carta do Ministério do Interior na última segunda-feira, 13, com o pedido de que ele parasse de registrar barrigas de aluguel para casais homoafetivos.

Direitos LGBTQIA+

O prefeito de Milão disse em um podcast na última terça-feira, 14, que vai respeitar a ordem do governo, mas que continuará lutando politicamente para garantir os direitos de pais homoafetivos terem seus filhos.

A prefeitura de Milão argumentou, citando uma decisão do tribunal mais alto da Itália, que os pais homoafetivos poderiam ser reconhecidos perante a lei para a adoção com a aprovação explícita de algum tribunal italiano.

Essa medida do governo federal parece refletir os ideais da primeira-ministra Giorgia Meloni, que chegou ao poder no ano passado denunciando a "ideologia de gênero" e o "lobby LGBT". Meloni faz parte do partido italiano de extrema-direita Irmãos de Itália.