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Notícias / Arqueologia

Humanidade já usava ópio há mais de 3 mil anos, indica estudo

As evidências do consumo da droga foram encontradas em Israel

Ingredi Brunato, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 20/09/2022, às 15h32

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Fotografia mostrando vasos onde estavam os vestígios de ópio - Divulgação/ Autoridade de Antiguidades de Israel
Fotografia mostrando vasos onde estavam os vestígios de ópio - Divulgação/ Autoridade de Antiguidades de Israel

A descoberta de vasos de cerâmica no cemitério de Tel Yehud, em Israel, acabou revelando a evidência mais antiga de uso de ópio da História da humanidade, conforme anunciado pela Autoridade de Antiguidades do país. 

Em um comunicado divulgado ao público nesta terça-feira, 20, a entidade governamental relatou que, após a análise dos artefatos, foi possível encontrar resquícios da substância que datam do século 14 a.C., ou, em outras palavras, de cerca de 3.400 anos atrás. 

Esta é a única droga psicoativa que foi encontrada no Levante [região do Oriente Médio que compreende Israel, Síria, Jordânia, Líbano, Chipre e parte da Turquia] no final da Idade do Bronze. Em 2020, pesquisadores descobriram resíduos de cannabis em um altar em Tel Arad, mas isso remonta à Idade do Ferro, centenas de anos após o ópio em Tel Yehud", afirmou Vanessa Linares, uma das pesquisadoras envolvidas no estudo, conforme repercutido pelo i24 News, um portal de notícias israelense. 

O ópio, é importante mencionar, é extraído de uma planta conhecida como papoula do Oriente, que é natural da região equivalente ao território da Turquia. O fato que ele foi encontrado, portanto, em Israel, mostra que a droga já era comercializada através de diferentes locais. 

Hoje, vale lembrar, o químico é usado na produção dos medicamentos opioides, que atuam como analgésicos e sedativos. 

Oferenda aos mortos 

Outro detalhe da descoberta é que os vasos contendo a substância psicoativa estavam próximos às sepulturas, levando os arqueólogos a questionarem qual seria o significado da inclusão do ópio nos costumes funerários da civilização que vivia em Israel há 3 mil anos. Até o momento, ainda não existem teorias para explicar a questão.