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Notícias / Arqueologia

Mega-herbívoros foram extintos pelos humanos do passado, especula estudo

Cientistas analisaram mais de 50 sítios arqueológicos antes de levantar a hipótese

Ingredi Brunato, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 21/12/2021, às 13h42

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Ilustração meramente ilustrativa de mamutes - Divulgação/ Mauricio Anton
Ilustração meramente ilustrativa de mamutes - Divulgação/ Mauricio Anton

Pesquisadores israelenses da Universidade de Tel Aviv descobriram um padrão em que os humanos mais antigos se alimentavam de animais maiores e, à medida que esses  fossem desaparecendo, eles precisavam passar para o seguinte. Eventualmente, teríamos começado a caçar gazelas e até mesmo lebres, que são muito menores. 

Ou seja, segundo os estudiosos, isso teria sido a mudança que obrigou nosso desenvolvimento como espécie, uma vez que consumir a carne de seres de pequeno porte significa que precisamos pegar uma quantidade muito maior deles, exigindo assim o refinamento das técnicas de caça. 

Embora as lanças fossem suficientes para o Homo erectus matar elefantes de perto, os humanos modernos desenvolveram o arco e a flecha para matar gazelas de corrida rápida à distância”, pontuou Miki Ben-Dor, colaborador da pesquisa, conforme pontuou o The Jerusalem Post nesta terça-feira, 21.

Com o novo estudo, publicado na revista científica Quaternary Science Reviews, os pesquisadores buscam acharam respostas para dois importantes questionamentos sobre nosso passado: as explicações por trás da extinção dos herbívoros gigantes e da evolução única experienciada pelo cérebro da espécie humana.

Afinal, segundo os profissionais da Universidade de Tel Aviv, esses dois acontecimentos, ocorridos há 1,5 milhões de anos, poderiam estar interligados.

“Achamos que animais de grande porte foram extintos devido à caça excessiva por humanos e que a mudança na dieta e a necessidade de caçar animais cada vez menores podem ter impulsionado as mudanças na humanidade”, explicou Ran Barkai, que esteve envolvido no estudo.

Para chegar nesta ousada conclusão, os cientistas, primeiro, examinaram nada menos que 58 sítios arqueológicos espalhados por Israel e nações vizinhas, além de milhares de ossos de animais hoje extintos. 

A região escolhida foi considerada valiosa devido aos inúmeros e consistentes achados datados de diferentes períodos pré-históricos a serem encontrados no solo dessa área. 

Extinção x clima

Vale lembrar que uma das outras principais hipóteses para o desaparecimento das bestas do passado seriam as mudanças climáticas da época. Os cientistas, por sua vez, não ignoraram essa possibilidade, dedicando parte de seu estudo a ela. 

“Uma série de análises estatísticas correlacionadas entre o tamanho dos animais e o clima, a precipitação e o meio ambiente revelaram que o clima — e as mudanças climáticas — tiveram pouco ou nenhum impacto na extinção de animais”, esclareceu Jacob Dembitzer, um terceiro especialista israelense envolvido no projeto.