Partido Comunista da China afirmou que, se necessário, utilizará a força para retomar a ilha
Isabelly de Lima, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 15/08/2022, às 16h09
Nesta segunda-feira, 15, a China anunciou que novos exercícios militares ao redor de Taiwan foram organizados. A ilha atualmente recebe uma visita de congressistas americanos.
Um comunicado militar chinês diz: "Em 15 de agosto, o Comando do Leste do Exército Popular de Libertação da China organizou uma patrulha de preparação para o combate conjunto de serviços múltiplos e exercícios de combate no mar e no espaço aéreo ao redor de Taiwan”.
A delegação do Congresso americano, que possui somente 5 membros, tinha uma reunião programada com Tsai Ing-wen, a presidente de Taiwan, e um banquete no ministério das Relações Exteriores. Segundo a embaixada de Washington em Taipé, os principais temas da visita são a segurança regional, a mudança climática e o comércio.
O porta-voz do Comando do Leste do exército chinês, Shi Yi, afirmou em um comunicado que as manobras militares se tratam “de uma dissuasão solene contra Estados Unidos e Taiwan por continuarem a fazer truques políticos e minar a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan" e ainda prometeu "defender resolutamente a soberania nacional".
A visita dos Estados Unidos foi elogiada pelo ministério taiwanês das Relações Exteriores, que reconheceu a ida como um novo sinal de amizade entre Washington e Taipé, "que não tem medo das ameaças e da intimidação da China".
Já o governo de Taiwan acusa Pequim de usar tal visita como desculpa para poderem executar os exercícios que permitiram ao país treinar uma futura invasão. O Partido Comunista da China afirmou, segundo a AFP, via Uol, que, para retomar a ilha, usarão a força, se necessário.
