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Notícias / Mundo

Paciente britânico teve covid-19 durante 505 dias

Ele foi infectado uma única vez, porém o vírus permaneceu ativo em seu sistema durante 16 meses

Redação Publicado em 27/04/2022, às 16h15

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Imagem meramente ilustrativa de médico - Divulgação/ Freepik/ jcomp
Imagem meramente ilustrativa de médico - Divulgação/ Freepik/ jcomp

Profissionais do King's College London anunciam ter documentado o mais longo caso de Covid já registrado. O paciente, que foi mantido anônimo, permaneceu testando positivo para o vírus durante 505 dias, ou mais de 16 meses. 

O dado foi coletado enquanto os pesquisadores acompanhavam um grupo de nove pessoas imunocomprometidas, isto é, com um sistema imunológico muito fraco, que haviam contraído o coronavírus. 

Existem várias situações que podem levar ao enfraquecimento das defesas do organismo, como câncer, HIV, um transplante de órgãos recente e o uso de medicamentos imunossupressores, que são receitados para sofredores de doenças autoimunes. 

Todos os pacientes observados pelos pesquisadores tiveram infecções mais longas que o período de 14 dias que o corpo da maioria das pessoas leva para expulsar o coronavírus.

A média entre eles foi de 73 dias, conforme repercutido pela France 24, e apenas um chegou ao extremo de 505. Vale dizer que o recorde anterior de infeção persistente pelo vírus alcançava 335 dias. 

Adaptação perigosa

Os responsáveis pela pesquisa investigavam a teoria de que as variantes de covid-19 se desenvolvem dentro do corpo de indivíduos que, devido a condições imunológicas desfavoráveis, são aptos a apresentarem infecções prolongadas.  

"O vírus ainda está se adaptando ao hospedeiro humano quando as pessoas estão infectadas por um longo tempo. Isso pode fornecer uma oportunidade para o Covid acumular novas mutações", explicou Luke Blagdon Snell, segundo informações repercutidas pela BBC. 

"Alguns desses pacientes que estudamos têm mutações que foram observadas em algumas das variantes preocupantes", acrescentou o profissional.

Snell destacou, contudo, que nenhuma cepa covid-19 surgiu a partir daquele conjunto específico de indivíduos acompanhados.  

As conclusões estão previstas para serem apresentadas à comunidade científica durante a edição de 2022 do Congresso Europeu de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas.