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Notícias / Brasil

Para maioria dos brasileiros, data do golpe de 1964 deve ser ignorada

Segundo uma pesquisa do Datafolha, a maior parte da população brasileira desconsidera a data e acredita que ela deva ser ignorada

por Giovanna Gomes

ggomes@caras.com.br

Publicado em 30/03/2024, às 09h31

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Veículos do Exército brasileiro próximos ao Congresso Nacional em 1964 - Wikimedia Commons/Agência Senado
Veículos do Exército brasileiro próximos ao Congresso Nacional em 1964 - Wikimedia Commons/Agência Senado

A maioria dos brasileiros parece ignorar a data que marcou o início de 21 anos de ditadura militar no país em 31 de março de 1964, de acordo com uma pesquisa do Datafolha publicada neste sábado.

Segundo o instituto, 63% dos entrevistados desconsideram a efeméride, enquanto 28% não encontram motivo para celebrá-la. Outros 9% não souberam responder. A enquete, realizada entre os dias 19 e 20 de março, aponta para uma mudança na opinião dos eleitores brasileiros desde abril de 2019. Naquela época, 36% dos entrevistados afirmaram que a data deveria ser celebrada, enquanto 57% sugeriram o desprezo e 7% não sabiam opinar.

Lados políticos

De acordo com o portal O Globo, quando se trata da adesão política, a pesquisa revela que 58% dos bolsonaristas autodeclarados acreditam que a data deve ser ignorada, enquanto 33% defendem a celebração. No partido do ex-presidente, o PL, os índices caem para 51% e 39%, respectivamente.

Entre os petistas, 68% desejam o desprezo à data do golpe e 26% apoiam o elogio ao 31 de março. Já entre os que se declaram neutros na polarização, 60% defendem o desprezo, enquanto 26% optam por celebrar.

Ao analisar os estratos socieconômicos, a pesquisa destaca uma exceção entre os índices homogêneos: os 2% mais ricos da amostra, que ganham 10 salários mínimos ou mais por mês, são os que mais defendem o desprezo (80%) em relação à celebração (20%).

O Datafolha entrevistou 2.002 pessoas com 16 anos ou mais em 147 cidades. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.